Carlos Gossel
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Pensamentos Ocultos
Não é fácil
procurar no teu olhar
O amor que estou a
necessitar
Um olhar perdido em
meus sentimentos
Que não pode amar a
evitar sofrimentos
Nossos corpos
extremamente juntos
Carnes juntas e
pensamentos ocultos
Tão distantes,
prazeres obscuros
Felicidade uma
coisa absurda
Não posso te falar
verdades
Senão discussões
são inevitáveis
Teu ser moreno,
moreno tão natural
O sol te bronzeou
de um modo angelical
Contos e encantos,
e eu na tua mão
Incendiou toda a
minha razão
Fruto perdido na
escuridão da selva
Eres algo especial
que Deus me reserva
Em meu mundo é
inexistente o amor
Não há plantas, nem
sequer uma flor
Somente uma
floresta devastada
Que de tantos
sofrimentos foi queimada
Há uma pequena luz
me iluminando
Em meio ao carvão
me rodeando
Talvez você seja
essa pequena luz
Com esse teu ser
que me seduz
sábado, 6 de julho de 2013
Folhas Verdes (Cinco anos de Solimões)
No amanhecer da Amazônia
Terra que nos causa insônia
O desmatamento é um fantasma
Que nos tira toda a calma
A neblina de um amanhecer frio
Pode nos trazer muitos desafios
O canto dos pássaros por entre o verde
Dá força para cumprir-se o que desejes
No meio da mata precisa-se de uma direção
Um GPS que direcione a sua razãoPalavras escritas são eternas para quem lê
Palavras decididas força nos vem trazer
Noticiando o que a mata testemunhou
Levando a cultura que o professor lhe ensinou
Mas que um jornal, um forte de sabedoria
Para dar-lhe guarida com toda maestria
Pelo ar quente e úmido da Amazônia
A floresta o aplaude, a felicidade é tantaCinco anos, forte como uma árvore milenar
Que em meio à mata de longe a se avistar
Seu verde se confunde às folhas da mata
Verde, riqueza da natureza anunciada
Parabéns pelo seus cinco anos de vida
Jornal Solimões, em meio a mata querida
sábado, 25 de maio de 2013
Radiofrequência
Há
alguma interferência no meu coração
Há
alguma coisa que me tira a razão
O
amor que eu guardo está me machucando
O
meu horizonte está se fechando
Rádio
que emite um sinal de socorro
O
que eu tenho de ti para mim é tão pouco
-Câmbio,
câmbio! Ouça o meu chamado
Radiofonia
que me deixa atordoado
Está
desesperado o meu coração
A
minha frequência não é a do seu coração
Viajo
nas ondas tentando te sintonizar
Nesse
mar de tristeza que quer me afogar
Você
foge de mim, sintonizo o teu canal
Chamo
o teu nome, esse silêncio é anormal
Não
sou uma rádio pirata, eu sou legal
Por
que você me ignora nesse espaço sideral
Ondas
curtas, ondas médias, tanto faz
Não
te tenho no meu braço, e tudo jaz
A
minha frequência se perdeu nessa escuridão
Tentando
te ouvir com toda essa paixão
Chamados
apaixonados e alucinados
Pedidos
de socorro pelo ar foram jogados
A
fim de te amar e sarar meu coração
Somente
quero com você uma comunicação
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Elo
Aeroporto Internacional de Tabatinga |
Ao acenar com minha mão
Deixo aberto o meu coração
Na força que vem desse avião
É muito o meu sentir.
Aeroporto que me alimenta
Emoções que se desvendam
No pulsar dessas turbinas
Que mexe em todas nossas vidas.
Majestoso esse meu lugar
Cantinho mágico a explorar
Que varre a minha visão
E sente toda a sensação
De ser parte dessa vida
Aonde o avião é a minha companhia.
Entre a terra e o céu
Entre o aeroporto e o avião,
Eu sou o elo,
Bate forte um coração.
Em comemoração ao Aeroporto Internacional de Tabatinga pelos 33 anos
que foi absorvido do pela INFRAERO.
A Valsa do Luar
Na valsa do luar
A noite vai passando
O frio castiga minha pele
Faz me lembrar de você.
O balé das nuvens
O olhar do luar em mim
A magia no ar
De um sofrido amar
Que não cansa de admirar
Esse lindo luar.
As estrelas me deixaram
A solidão me rodeia
A luz do luar clareia
Minha visão desiludida.
Não falo palavras
Apenas penso tristezas
Não estou aqui
Não estou lá
Estou em algum lugar
Que não sei me encontrar.
O luar amazônico
Encanta-me
Cria magia e contos
Que ilude...
O meu ser.
Palavras
Diga-me suas palavras
As mais bonitas palavras
As palavras que encantam meu
coração
Aquelas que me dão emoção
Aquelas que fazem - me
apaixonar
Sonhando e livre pelo ar
Fazendo o bem para o meu
coração
Que não se cansa dessa paixão
Sentir o prazer de ter você
Suas palavras são adubo para o
meu viver
Jardim com um eterno florescer
Amanhecer após outro amanhecer
Palavras de amor me encantando
Tuas palavras vão me dominando
A magia em palavras presentes
Ditas, proferidas,
ludibriantes.
A luz que encanta minha vida
De tua boca sai toda a magia
Foneticamente lindas
Meu mundo vai se abrindo
Juntamente com um sorriso
Tuas palavras vão me seduzindo
Não sei como me conter
Seguro - me em ti não quero me
perder
A emoção é tão imensa
O prazer é tão intenso
Você olhou para mim e disse:
Eu te amo.
Gotas de Solidão
Começa a chover e me lembro de você,
O escuro do céu me faz entristecer,
A gota que cai e desliza sobre a flor,
Me faz delirar e aumenta minha dor,
Essa chuva não entende quanto é grande meu amor,
Se ela compreende te traz de onde for,
Pra acabar minha solidão nessa escuridão,
Para afastar as trevas do meu coração.
No momento em que escrevo esses tristes versos,
Começa a trovejar e alegria é o que eu peço,
Me sinto num abismo cada vez mais,
Na vida sem você de nada sou capaz,
Mas fico a admirar as plantas ao redor
Com a chuva a molhar parecem até suor,
Como um sofrimento que vem como um trovão
Me arrasando de mansinho, você é a solução.
Tão suave a sua pele igual de uma flor,
Perfumado o seu corpo, cheiro de amor,
Desejos e loucuras, momentos de prazer,
São apenas sonhos não passam de querer,
Te amo, te adoro sem você não sei viver
Chuva, minha chuva traz meu bem querer,
Não me deixe aqui sozinho e começo a perceber
Seu rosto no horizonte a desaparecer.
É uma história de amor que estou a contar
Meu é só o amor, você não sei onde está
É uma solidão igual ao vento a espalhar
As folhas pelo ar resisto a não chorar
Acabei só no cantinho deste mundo
No meu quarto a lembrar de você amor profundo
Imagine esse momento será que já sentiu
Meu coração sangrou igual amor nunca existiu.
O Cinza e o Verde
O céu se fechou,
As nuvens escureceram,
Começou a ventar,
Soprou forte demais,
Gotas começaram a cair,
É a chuva que vem.
Relâmpagos chegaram
E a chuva veio também.
Chuva que molhou meu céu,
De palmeiras balançando,
O frio invadiu a selva,
Tempo que mexe o coração,
Trouxe-me a depressão,
O verde foi molhado,
O verde ficou mais verde
Dessa chuva vespertina
Que acinzentou minha tarde,
E vai escurecendo,
Os trovões anunciando a noite,
O escurecer se tornou sombrio,
Depois dessa chuva
Esmaga-me o anoitecer
Nesse paraíso de meu Deus.
O Papagaio e o Moleque
Moleque que corre para lá e para cá
Não deixa o papagaio escapar
O papagaio afoito no céu
Não quer nem saber de descer, voltar
Moleque que corre para lá e para cá
Com seu papagaio colorido a me
encantar
O papagaio se esgueira dos postes
Não quer na terra tocar
Moleque que corre para lá e para cá
Não cansa de o papagaio empinar
O papagaio saltitando no céu
Não quer para terra olhar
Moleque que corre para lá e para cá
Não deixa o papagaio no azul se
aquietar
O papagaio desfilando no lençol
Não consegue descansar
Moleque que corre para lá e para cá
Não deixa o papagaio no azul se
aquietar
O papagaio faceiro no céu
Não se importa para quem o quer
pegar
Moleque que corre para lá e para cá
Faz manobras com a mão
Mas o “cerol” cortou a linha
E o papagaio veio ao chão.
Banhado
Banhado
Por teu ar
Por teu corpo
Por teus lábios
Por teu sorriso
Por teu olhar
Por teu sabor
Por teu amor
Por teus sonhos
Por teu sol
Pela água que te banha
Que assanha
Todo o meu ser,
Se te amar
Me faz bem
Vou me banhar
Nesse rio-mar
Afogar-me
Explorar
Todas as tuas linhas
Todo o teu ser,
Que prazer
Ter aqui você
Juntinho
Ao meu ser.
Psicopata
Não consegui ler no teu olhar
Todo o mal que guardavas para mim
Embrenhando-me em teus sorrisos
Findando a me seduzir
Naveguei milhares de vezes em teu corpo
Perdido nesse imenso mar
Náufrago que não seria ser encontrado
Em nenhuma ilha queria acabar
Tuas fotos mostram o que não eres
A inocência estampada é falsa
Descartável como uma garrafa “pet”
Cheiroso e letal bálsamo
Eres uma casca momentânea
Com o tempo tudo vai mudar
Vai se arrepender de tudo que fez
E meu coração longe de ti estará
Invadiu todo o meu ser
Possuiu minha mente e minha carne
Abusou de todo meu amor
Rasgou-me em mil pedaços
Deixo meus restos pela rua
Nas calçadas por onde passo
Mas ainda tenho chances
A vida passa e o tempo me salva
O Amor e a Razão
Esse vento que bate em meu rosto
Em minha pele jogando esse frio
O amor que tenho guardado no peito
Somente me faz infeliz
De onde estou para algum lugar
Agora sei que amar não é bom
Faz-me muito chorar
Teu cheiro é a essência do meu viver
Teu corpo me faz existir
Não sei o que faço com esse amor
Queria deixar de existir
A razão te quer tirar de mim
O amor te quer para sempre
Não quero que as flores murchem
Meu coração tudo sente
O silêncio do meu quarto
O calor do dia, o frio da noite
Tudo está tão igual
Em mim é puro açoite
Lágrimas que não param de jorrar
Chuva que não cansa de chorar
Pelo amor de Deus me tire esse amor
Que está a me enterrar
Bem Cultural
(Quatro anos de Solimões)
São palavras escritas
Trazendo-lhe o
acontecido
Palavras concretas e
verdadeiras
Porto
seguro para quem está perdido
As
castanheiras-do-Brasil são testemunhas
Protege-lhe com suas
folhas altaneiras
Desafiando o céu azul
De um jeito tão
faceiro
Mais que um jornal
Bem cultural de
Tabatinga
De todo o Alto
Solimões
E de nossa região
fronteiriça
O rio
Solimões lhe rodeia
O batiza e o abençoa
Passando lentamente
pela cidade
Suas marolas por aqui
soam
Quatro são os pontos
cardeais
Avista-se de qualquer
direção
Norte, sul, leste e
oeste
Notícias para a
imensidão
Registrando a nossa história
Herança para nossos descendentes
Quatro anos de luta e informação
Jornal Solimões é da nossa gente
Invisível
Que fazem sangrar o meu coração
Alguém me disse “ninguém é de ninguém”
Mas nessa história eu sou refém
Preso por esse amor que tenho
No sofrimento me contenho
A não chorar e se degradar
Nesse sofrido e tormentoso mar
Tuas mentiras são punhais na carne
Estragam meu mundo e me estraçalham
Mundo falso e as vezes sem sentido
Mentiras que vivem me ferindo
Amo-te e te odeio, estou confuso
Te querer longe seria um absurdo
Mudar seu modo de agir é impossível
Para os outros meu sofrer é invisível
Sentir tua pele junto a mim
Saber que alguém também vai sentir
Invade uma tristeza e um desespero
O tiro foi dado e é certeiro
Atingiu o que me faz viver
O que levanta todo o meu ser
Que me dá forças e ilusão
Você atingiu o meu coração
A Cabana de Palha
Na revoada do vento
Jogando o frio para lá e para cá,
A zoada que esse vento faz
Nos galhos das árvores da floresta me assusta,
Folhas se vão pelo ar,
Pois o escurecer chegou cedo,
Mas a noite não foi avisada,
Pois a mata está sombria,
E a chuva caiu com bastante ira
Lavando a palha da cabana,
E encharcando o campinho de futebol.
E quem disse que os moleques
Se importam com a chuva?!
Com gritos de alegria pelo ar
Querem brincar e brincar,
E a chuva a jorrar!
Da casa na beira do rio,
Bem perto do barranco,
E eu da janela pequena tudo a admirar,
E a perguntar:
- Que horas essa chuva vai parar?
Amor Amazônico
Folhas de uma floresta úmida
Jogadas pelo chão apodrecendo
Perdidas em meio à Amazônia
Pedaços de meu coração que está doendo
O cheiro da mata me entorpece
O sol não consegue me tocar
É escuro e obscuro o meu sentir
Tuas palavras magoam e me fazem sangrar
Paraíso verde que me encanta
Que de tanta beleza me faz sonhar
A gota de orvalho descendo pela árvore
Tua lembrança me faz suspirar
A água invade a floresta
O vento faz a palmeira balançar
As nuvens me cobrem com piedade
Sabem que estou a amar
Bem distante avisto uma canoa
Gritos e sorrisos de pequenas crianças
Curumins se banhando no Amazonas
E ao meu coração dando esperança
Sentando no barranco estou a meditar
O barco nas águas caudalosas deixar-se levar
Relâmpagos se jogam no meio da floresta
E eu guardando tanto amor que agora vou chorar
Perdidas em meio à Amazônia
Pedaços de meu coração que está doendo
O cheiro da mata me entorpece
O sol não consegue me tocar
É escuro e obscuro o meu sentir
Tuas palavras magoam e me fazem sangrar
Paraíso verde que me encanta
Que de tanta beleza me faz sonhar
A gota de orvalho descendo pela árvore
Tua lembrança me faz suspirar
A água invade a floresta
O vento faz a palmeira balançar
As nuvens me cobrem com piedade
Sabem que estou a amar
Bem distante avisto uma canoa
Gritos e sorrisos de pequenas crianças
Curumins se banhando no Amazonas
E ao meu coração dando esperança
Sentando no barranco estou a meditar
O barco nas águas caudalosas deixar-se levar
Relâmpagos se jogam no meio da floresta
E eu guardando tanto amor que agora vou chorar
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