Dicas de Língua Portuguesa
Por: Prof. Adriano Vieira* |
Abraço do RJ, caro leitor!!
Saudades de TABATINGA.
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Qual o melhor: provas objetivas ou provas discursivas?
“Não deu nem para o
começo: as pesquisas mostram que a maioria dos alunos preferem as questões
objetivas, pois podem CHUTAR caso não saibam o conteúdo. Estruturar para o
papel suas ideias ainda continua sendo um terror para a maioria dos alunos.
1. Por que os estudantes preferem hoje as questões objetivas?
Sabemos
que é natural o nervosismo em qualquer prova. Assim, para muitos jovens é muito
mais fácil buscar a resposta arriscando uma das opções a produzir sua própria
solução a partir de seus conhecimentos. A grande maioria vai achar que é mais
prático uma prova objetiva, que “chutar é bem mais fácil”. Isso é uma
deficiência que deve ser corrigida.
2. Por que eles enfrentam tantas
dificuldades com as questões discursivas? Seria falta de estudo ou despreparo
para desenvolver um texto resposta?
Porque não tiveram e não têm o hábito de
escrever, de argumentar. Falta a prática de redigir. Poucas são as instituições
de ensino que têm em sua grade Redação ou Técnicas de Redação. É claro que não
adianta saber produzir um texto e não ter conteúdo. É necessário conhecimento do
assunto que se vai abordar, ou seja, é importante estar sempre informado sobre
temas nacionais, universais e atuais.
3. O que a
instituição de ensino faz para preparar os estudantes para os dois tipos de
provas?
Uma das soluções além de ter a
disciplina Redação, é mesclar as questões objetivas e discursivas não apenas
nas provas, mas em qualquer avaliação (uma pesquisa, um dever de casa). Isso em
qualquer disciplina seja Matemática, Física, História... O jovem de hoje está
cada vez mais sabido e inteligente, então merece e deve ser estimulado a
pesquisar, argumentar e responder com suas próprias palavras desde o início de
sua vida escolar.
4. Qual a recomendação para os
estudantes melhorarem o desempenho deles nas questões discursivas e perderem o
"medo" de respondê-las?
Encarar sua dificuldade. Não tem como
crescer em questões discursivas se não tiver coragem em escrever, em expor sua
opinião. O início pode ser complicado, mas é assim para a maioria. O caminho é
a prática. Um atleta preciso de muito treino, de muita prática para ser
campeão. Escrever, argumentar não é diferente. Comece com pequenas respostas,
logo estará fazendo redações de qualidade. Lembre-se que as dissertações argumentativas têm por objetivo defender uma ideia utilizando argumentos
“convincentes”, organização
do pensamento, defesa de pontos de vista e descoberta de soluções. Vale ressaltar que quem tem o
hábito da leitura sempre sai na frente. A bagagem pessoal conta muito. Assim, QUEM LÊ
MAIS, SABE MAIS.
Pensamento: Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Fernando Pessoa
*Pós-Graduado (Lato Sensu) em Língua Portuguesa e em Linguística.
Prof. de Português , Redação e Literatura.
E-mail: adrianorj2005@yahoo.com.br
REGÊNCIA
Janeiro/2013
REGÊNCIA é a parte da
gramática que trata das relações entre o termo regente e seu subordinado (termo
regido); essas relações se manifestam, principalmente, no emprego das
preposições. Observe:
I- Ele visou o alvo certo.
II- Ele visou a um emprego melhor.
→ Quando o termo regente é um verbo, dizemos
que se trata de regência verbal.
Ex.: Os amigos necessitavam de
apoio.
→ Quando o termo regente é um nome, dizemos
que se trata de regência nominal.
Ex.: Eles eram fiéis ao amigo.
REGÊNCIA VERBAL
∙ Verbos de apenas “uma” regência
a) Chegar e Ir: exige preposição A, e não a preposição EM.
Chegamos finalmente a São Paulo. ↔
Iremos a São Paulo.
Chegamos ao colégio. ↔ Iremos ao colégio.
b) Custar: no sentido de ser custoso, ser difícil, pede objeto indireto com a
preposição A seguida de oração infinitiva.
Custou ao aluno aceitar o fato. (correto)
O aluno custou para aceitar o fato (errado)
c) Morar e Residir: exigem a preposição EM:
Ele mora em Salvador.
↔ Ele reside em
Salvador.
d) Namorar: exige complemento sem preposição.
João namora Maria. (correto)
↔ João namora com Maria.
(errado)
e) Obedecer e Desobeder:
exigem a preposição A.
O filho obedece ao pai
e) Preferir: exige dois
complementos: um sem, outro com a preposição A: Prefiro cinema a
teatro. (correto) ↔ Prefiro mais cinema do que teatro. (errado)
f) Simpatizar: exige a preposição Com.
Marcos simpatizou com aquela moça.
Obs.: O verbo simpatizar não é pronominal.
Simpatizei-me com
aquela moça. (errado)
∙ Verbos que apresentam mais de uma regência
a) Assistir:
1- Significando ver, ele é transitivo indireto, exigindo a preposição A.
Eu assisti ao jogo pela televisão.
2- Significando ajudar ou socorrer, ele é transitivo direto.
O médico assistiu o paciente.
3- Significando ter competência (direito de fazer alguma coisa) ele é
transitivo indireto, exigindo a preposição A.
O direito ao voto não assiste aos menores de dezesseis anos.
4- Significando morar ou residir, ele é intransitivo, exigindo
preposição EM.
O Cel Ivano assiste em Inhoaíba.
b) Aspirar
1- Significando almejar, desejar, exige preposição A.
O Botafogo, mais uma vez, continua aspirando ao título.
2- Significando inspirar, sorver, exige complemento sem preposição.
Todos aspiraram o mau cheiro do lixo.
c) Querer:
1- Significando DESEJAR, exige complemento sem preposição.
Eu quero passar neste concurso.
2- Significando ESTIMAR, TER AFETO, exige complemento
com a preposição A.
Quero a meus pais
d) Chamar:
1- Significando CONVOCAR, MANDAR VIR, exige complemento
sem preposição.
Marquito chamou Otacílio, seu pai.
Obs.: Nesse caso, admiti-se também a construção com preposição.
O técnico chamou pelos jogadores.
2- Significando DAR NOME, exige complemento com ou sem a
preposição A e predicativo com ou sem preposição DE.
Chamei Pedro de tolo.
Chamei a Pedro de tolo.
Chamei Pedro tolo.
Chamei a Pedro tolo.
e) Visar:
1- Significando MIRAR, exige complemento sem preposição.
O atirador visou o alvo.
2- Significando DAR VISTO, exige complemento sem preposição.
O gerente visou o cheque.
3- Significando TER EM VISTA, exige complemento com a
preposição A.
Ele agia visando aos lucros.
f) Precisar:
1- Significando AFERIR, TORNAR EXATO, DETERMINAR,
é transitivo direto.
Precise a quantia que você quer.
2- Significando NECESSITAR, é transitivo indireto com a
preposição DE obrigatória.
Preciso de uma quantia emprestada.
g) Pagar, Indicar, Pedir, Suplicar, Implorar,
Perdoar e
Responder possuem dois objetos diferentes: Um é objeto direto de coisa e o
outro é objeto indireto de pessoa, exigindo a preposição A.
Paguei o débito ao patrão.
h) Implicar:
1- Significando ACARRETAR, exige complemento sem preposição.
Sua atitude implicará demissão.
2- Significando perturbar alguém, ele é transitivo indireto, exigindo
preposição COM.
Rogério implicava com o cunhado.
*Pós-Graduado
(Lato Sensu) em Língua Portuguesa e em Linguística.
Prof. de Português, Redação e Literatura.
E-mail: adrianorj2005@yahoo.com.br
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EXERCÍCIOS SOBRE A REFORMA ORTOGRÁFICA
Dezembro/2012
IMPORTANTE: na edição passada
tratamos sobre as mudanças advindas com o Novo Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa. Agora temos a oportunidade de colocar em prática nossos conhecimentos
com alguns exercícios de fixação.
1- Segundo a Reforma Ortográfica, o plural de
tem, dê, vê; são, respectivamente:
a) têm, dêem, vêm
b) tem, deem, vêem
c) têm, dêem, vêem
d) têem, dêem, vêm
e) têm, deem, veem
b) tem, deem, vêem
c) têm, dêem, vêem
d) têem, dêem, vêm
e) têm, deem, veem
2-. Deveriam ter sido acentuadas as palavras alistadas na
opção:
a) azaleia – estreia – colmeia – geleia – pigmeia;
b) benzoico – dicroico – heroico – Troia – urbanoide;
c) chapeu – coroneis – heroi – ilheu – lençois;
d) alcaloide – reumatoide – tabloide – tifoide – tipoia;
e) apneia – farmacopeia – odisseia – pauliceia – traqueia.
a) azaleia – estreia – colmeia – geleia – pigmeia;
b) benzoico – dicroico – heroico – Troia – urbanoide;
c) chapeu – coroneis – heroi – ilheu – lençois;
d) alcaloide – reumatoide – tabloide – tifoide – tipoia;
e) apneia – farmacopeia – odisseia – pauliceia – traqueia.
3- As sequências abaixo contêm paroxítonas que, segundo determinada
regra do Acordo Ortográfico, não são acentuadas.
Deduza qual é essa regra e assinale a alternativa a que ela não se aplica:
Deduza qual é essa regra e assinale a alternativa a que ela não se aplica:
a) Assembleia – ideia – ateia – boleia;
b) flavonoide – heroico – reumatoide – prosopopeia;
c) apoia – corticoide – jiboia – tipoia;
d) aldeia – baleia – lampreia – sereia;
e) Crimeia – Eneias – Leia – Cleia.
4- "Alem do trem,
voces tem onibus, taxis e aviões".
a) 5 acentos b) 4
acentos c) 3 acentos
d) 2 acentos e) 1
acento
5- O acento gráfico desempenha a mesma função em:
a) carnaúba e
história;
b) glória e está;
c) petróleo, paciência;
d) jacarandá e lápis;
e) mausoléu e líquido.
6 – Marque a opção em
que ambos os termos estão incorretamente grafados:
a) coabitar –
coerdeiro;
b) coexistência – coindicado;
b) coexistência – coindicado;
c) cofundador – codominar;
d) co-ordenar – co-obrigar;
e) corresponsável – cossignatário.
7- Deveriam ter sido acentuadas
as palavras alistadas na opção:
a) azaleia – estreia – colmeia – geleia – pigmeia;
b) benzoico – dicroico – heroico – Troia – urbanoide;
c) chapeu – coroneis – heroi – ilheu – lençois;
d) alcaloide – reumatoide – tabloide – tifoide – tipoia;
e) apneia – farmacopeia – odisseia – pauliceia – traqueia.
a) azaleia – estreia – colmeia – geleia – pigmeia;
b) benzoico – dicroico – heroico – Troia – urbanoide;
c) chapeu – coroneis – heroi – ilheu – lençois;
d) alcaloide – reumatoide – tabloide – tifoide – tipoia;
e) apneia – farmacopeia – odisseia – pauliceia – traqueia.
8- Indique a
alternativa em que a sílaba tônica das palavras esteja na mesma posição das
seguintes palavras: manhã, refém,
quilômetro.
a) Nobel, mister, protótipo;
a) Nobel, mister, protótipo;
b) ureter, necropsia,
fôlego;
c) sutil, cânon, têm;
d) recém, néctar, erudito.
c) sutil, cânon, têm;
d) recém, néctar, erudito.
9- Identifique a
alternativa em que há um vocábulo cuja grafia não atende ao previsto no Acordo
Ortográfico:
a) aguentar – tranquilidade – delinquente – arguir – averiguemos;
b) cinquenta – aguemos – linguística – equestre –eloquentemente;
c) apaziguei – frequência – arguição – delinquência – sequestro;
d) averiguei – inconsequente – bilíngue – linguiça – quinquênio;
e) sequência – redargüimos – lingueta – frequentemente – bilíngue.
a) aguentar – tranquilidade – delinquente – arguir – averiguemos;
b) cinquenta – aguemos – linguística – equestre –eloquentemente;
c) apaziguei – frequência – arguição – delinquência – sequestro;
d) averiguei – inconsequente – bilíngue – linguiça – quinquênio;
e) sequência – redargüimos – lingueta – frequentemente – bilíngue.
10- Paramédico é grafado sem hífen, da mesma
forma que:
a) parabactéria; b) parabrisa; c) pára-choque; d) paralama; e) paravento.
11 –
Marque a opção incorreta:
a)
pan-telegrafia;
b) pan-helenismo;
b) pan-helenismo;
c)
pan-islâmico;
d) pan-mágico;
e) pan-negro.
d) pan-mágico;
e) pan-negro.
12 – Marque a opção incorreta:
a) inter-humano;
b) inter-hemisférico;
c) inter-relacionar;
d) interrelacionar.
Gabarito: 1- e, 2- c, 3- d, 4- a, 5- c, 6- a, 7- d, 8- a, 9- e, 10- b, 11- a,
12- d
Despedida
Aproveito
para me despedir de toda população de TBT, pois fui transferido e este mês
estarei voltando para o RJ. Agradeço a cada um pelos 2 anos felizes que vivi no
Alto Solimões. Esta coluna continua.
Minha
felicidade não podia ser maior: receberei da Câmara Municipal o Título de Cidadão Honorário de Tabatinga. Uma
honra imensurável para mim. Obrigado!
Vamos
continuar estudando, TBT! Esse é o caminho.
VAMOS
QUERER!
Prof. Adriano Vieira
*Pós-Graduado
(Lato Sensu) em Língua Portuguesa e em Linguística.
Prof. de Português e de Literatura da Escola Thomaz
Coelho
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Dezembro/2012
REFORMA ORTOGRÁFICA
Novembro/2012
IMPORTANTE: Caro leitor (a), a partir
de 1º de janeiro de 2013 só será válido o Novo Acordo Ortográfico. Vale a pena
estudar para evitar “mancadas”!!
Objetivos
1) SIMPLIFICAÇÃO E
UNIFICAÇÃO: As novas regras representam uniformidade de uso na
Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP): Brasil, Portugal, Angola,
Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor Leste (total
de oito países).
2)
VANTAGEM ECONÔMICA (ou ECONÓMICA): Um livro escrito em um desses países
lusófonos pode ser comercializado em outro sem necessidade de revisão e
reimpressão. Também facilita a redação de documentos oficiais entre esses
países.
3)
VANTAGEM POLÍTICA: Com a implantação do Acordo, espera-se que a língua
portuguesa seja reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) como uma
língua de padrão internacional, pois entre as línguas mais faladas no mundo, a
portuguesa é a única que não é unificada. A Língua Portuguesa é considerada a
quinta língua mais utilizada no planeta (240 milhões de pessoas, das quais 190
milhões são brasileiras).
4)
LINGUAGEM FALADA x LINGUAGEM ESCRITA: O Acordo é meramente
ortográfico e, portanto, não afeta a língua falada.
5)
PALAVRAS ALCANÇADAS PELA REFORMA: Estima-se que a reforma afete entre
0,5 a 2% das palavras da língua portuguesa. A mudança em Portugal será maior,
pois no Brasil as últimas reformas ocorreram em 1943 e 1971, enquanto em
Portugal a última aconteceu em 1945 e, com isso, muitas diferenças continuaram.
6)
PONTOS CONTROVERTIDOS: Ainda há alguns pontos controvertidos,
principalmente em relação ao emprego do hífen, que o Acordo não esclarece.
7)
FASE DE TRANSIÇÃO: Até dezembro de 2012, os concursos públicos, as provas
escolares e vestibulares deverão considerar como corretas as duas formas
ortográficas da língua: a antiga e a nova.
8)
LIVROS DIDÁTICOS: O acordo entrou em vigor em janeiro de 2009, mas será
introduzido obrigatoriamente nos livros escolares a partir de 2010.
9)
DISPOSITIVO LEGAL: No Brasil, o Acordo foi promulgado pelo Decreto 6583,
de 29/09/2008, mas foi inicialmente redigido no ano de 1990, em Lisboa. Somente
agora, entretanto, o Acordo é finalmente implementado.
1- dos Encontros Vocálicos:
a) Não se usa mais o acento das palavras
terminadas em êem e ôo(s).
b) Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e
ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima
sílaba).
BIZU: essa regra
é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas
as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos:
papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2- Permanecem os acentos que diferenciam o
singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus
derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir...).
Exemplos: Ele tem cinco
filhos. / Eles têm cinco filhos
Ele vem de Tabatinga.
/ Eles vêm de Tabatinga.
Ela mantém o
pacto palavra. / Elas mantêm o pacto.
O rei detém o
poder. / O presidente e o governador detêm o poder.
3- (TREMA): não se coloca mais o trema sobre o “U” dos grupos
–GUE, -GUI, -QUE, -QUI, quando o mesmo for pronunciado e átono: Ex.: tranqüilo,
lingüiça, cinqüenta.
4- Permanece o acento
circunflexo (acento diferencial) para que seja feita a distinção entre “pôde” (pretérito perfeito do
indicativo) e “pode”(presente
do indicativo).
5- Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o
acento no “i” e no “u” tônicos quando vierem depois de um ditongo.
BIZU: Se a palavra for oxítona e o
“i” ou o “u” estiverem em posição final (seguidos ou não de s), o acento
permanece: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
6- É
facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras
forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara.
Ex.: Qual é a forma
da fôrma da torta?
7- Não se acentua mais a letra “u” nas formas
verbais gue, que, gui, qui:
8- Levam acento agudo ou circunflexo as palavras
proparoxítonas cujas vogais tônicas estão em final de sílaba e são seguidas das
consoantes nasais “m” ou “n”:
9- Da mesma forma, recebem o acento agudo ou
circunflexo as palavras paroxítonas terminadas em ditongo quando as vogais
tônicas são seguidas das consoantes nasais “m” ou “n”:
10-
(ACENTOS DIFERENCIAIS): não se usa mais o acento que diferenciava
os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e
pêra/pera.
MUDANÇAS
NO EMPREGO DO HÍFEN COM PREFIXOS
Regra básica
Sempre se usa o hífen
diante de h: anti-higiênico, super-homem.
Outros casos
1. Prefixo terminado
em vogal:
• Sem hífen diante de
vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de
consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r
e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de
mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefixo terminado
em consoante:
• Com hífen diante de
mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
• Sem hífen diante de
consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
• Sem hífen diante de
vogal: interestadual, superinteressante.
Observações:
1. Com o
prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região,
sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem
hífen: subumano, subumanidade.
2. Com os
prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n
e vogal: circum-navegação,
pan-americano etc.
3. O prefixo
co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por
o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante
etc.
4. Com o
prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se
deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os
prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:
ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação,
pré-vestibular, pró-europeu.
Pós-Graduado
(Lato Sensu) em Língua Portuguesa e em Linguística.
Prof. de Português e de Literatura da Escola Thomaz
Coelho
(EAD do Colégio Militar de Manaus)
BIZUS PARA UMA ÓTIMA REDAÇÃO
Setembro/2012
“A dissertação argumentativa
tem por objetivo defender uma ideia utilizando argumentos “convincentes”, organização
do pensamento, defesa de pontos de vista e descoberta de soluções. É, entretanto,
necessário conhecimento do assunto que se vai abordar, ou seja, é importante
estar sempre informado sobre temas nacionais, universais e atuais. Assim, QUEM
LÊ MAIS, SABE MAIS.”
DICAS PARA ELABORAÇÃO DE UM TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO:
-
Apresente uma grafia legível;
-
Evite rasuras;
-
Evite repetições, “achismos” e abreviações;
-
Não utilize como exemplos narração de fatos;
-
Não fuja do tema proposto;
-
Não utilize gírias, provérbios ou clichês;
-
Não generalize ou afirme o que não pode provar.
EVITAR
NUMA DISSERTAÇÃO
-
Após o título de uma redação não coloque ponto.
-
Ao terminar o texto, não coloque qualquer coisa escrita ou riscos de qualquer
natureza.
-
Prefira usar palavras de língua portuguesa a estrangeirismos.
-
Não use chavões, provérbios, ditos populares ou frases feitas.
-
Não use questionamentos em seu texto, sobretudo em sua conclusão.
-
Jamais usar a primeira pessoa do singular, a menos que haja solicitação do tema
(Ex.: O que você acha sobre o bullying? - ainda assim, pode-se usar a 3ª
pessoa)
-
Evite usar palavras como “coisa” e “algo”, por terem sentido vago. Prefira:
elemento, fator, tópico, índice, item etc.
-
Repetir muitas vezes as mesmas palavras empobrece o texto. Lance mão de
sinônimos e expressões que representem a ideia em questão.
-
Só cite exemplos de domínio público, sem narrar seu desenrolar. Faça somente
uma breve menção.
-
A emoção não pode perpassar nem mesmo num adjetivo empregado no texto. Atenção:
seja imparcial.
-
Evite o uso de etc. e jamais abrevie palavras.
-
Não analisar assuntos polêmicos sob apenas um dos lados da questão.
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SAIBA DIFERENCIAR:
Assunto: grande massa
de conhecimento, ou seja, o todo. Ex.: violência.
Tema: é a ideia que será
defendida ao longo da redação. É um recorte do assunto. Apresenta verbo. Ex.: A violência infantil cresce a cada ano.
Título: é a síntese
do tema. Na maioria das vezes, não contém verbos. Ex.: Violência infantil.
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O ESQUEMA BÁSICO DA DISSERTAÇÃO DE TRÊS ARGUMENTOS
1º parágrafo
Introdução
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Tema + argumento 1 +
argumento 2 + argumento 3
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2º parágrafo
Desenvolvimento
|
Desenvolvimento do
argumento 1
|
3º parágrafo
Desenvolvimento
|
Desenvolvimento do
argumento 2
|
4º parágrafo
Desenvolvimento
|
Desenvolvimento do
argumento 3
|
5º parágrafo
Conclusão
|
Expressão inicial +
reafirmação do tema + observação final
|
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Pensamento:
"Maluco é o homem que espera atingir resultados diferentes agindo da mesma forma que sempre agiu".
(Albert Einsten)
*Pós-Graduado
(Lato Sensu) em Língua Portuguesa e em Linguística.
Prof. de Português e de Literatura da Escola Thomaz
Coelho
(EAD do Colégio Militar de Manaus)
E-mail: adrianorj2005@yahoo.com.br
CRASE
CRASE:
é um fenômeno fonético no qual ocorre a fusão de duas vogais iguais.
Ex.: A (preposição) + A (artigo)=À : Fiz
referência à lei.
A (preposição) + Aquela= Àquela :
Tentaram impor silêncio àquela turma.
Alguns BIZUS de CRASE
CASOS FACULTATIVOS:
PODE
OCORRER CRASE
|
EXEMPLO
|
·
Diante de pronomes
possessivos:
|
Entregaram a encomenda a (ou à) sua
secretária.
|
· Diante de nomes de pessoas.
|
Fizeram a mesma pergunta a (ou à) Patrícia.
|
· Depois da preposição “até”
|
Levei Marcélle até a (ou à) janela.
|
· Antes das palavras França, África, Inglaterra, Ásia. Europa,
Escócia, Espanha e Holanda
|
Retornarás à França. Retornarás a França.
|
CASOS PROIBIDOS:
REGRAS
|
EXEMPLOS
|
· Antes de palavra masculina;
|
Ele está no
Rio a serviço.
|
· Antes de verbo;
|
Começaram a discutir
o novo plano de metas.
|
· Antes de pronomes
Pessoais;
Demonstrativo esta e essa;
De
tratamento.
|
Dirigi-me a ela
apenas uma vez na reunião.
O empregado
aspira a essa posição há muito tempo. Informaremos isto a Sua Excelência.
|
· Nas expressões formadas por palavras repetidas;
|
Os dois
candidatos ficaram frente a frente durante a discussão.
|
· Diante de palavra no plural, se o “A” estiver no singular.
|
Chegamos a
conclusões importantes neste encontro.
|
CASOS OBRIGATÓRIOS:
OCORRE CRASE
|
EXEMPLOS
|
· Na indicação de horas;
|
A visita à fabrica deverá
iniciar à uma hora.
A visita à fabrica deverá
iniciar às duas horas.
|
· Quando se subentende à moda, à maneira;
|
O restaurante da empresa servirá bife à milanesa (à moda milanesa)
hoje.
|
· Em expressões adverbiais femininas.
|
Às vezes, o relatório informal não passa de uma página, mas não
deve nunca passar de três.
|
· Com os pronomes demonstrativos AQUELE, AQUELA, AQUILO
|
Ex.: Diga isso àquela senhora (a aquela). |
Exercícios
1-
Se você fosse ___ sala e dirigisse a palavra ____madrinha, certamente ela viria
___ tontas _____ nossa festa.
a) à – à – às –
à b) a – à – às – a c) a – à – as – à d) à – a – às – a
2- Para o
preenchimento correto das lacunas do período "Estamos ____ dez quilômetro
do lugar onde ____ três anos descobri, numa cena ____ luz do dia, o maior
encanto da natureza", têm de ser usadas, respectivamente, as formas:
a)
há - a – à b) a - há – a c) a - há – à d) há - há – à
3-
Opção que completa corretamente a frase: Daqui _____ quatro meses retornarei _____ Belém.
a) há, a b) à, à c) a, a d) há, à
4.
"Agradeço ___ Vossa Majestade ___ oportunidade para manifestar minha
opinião ___ respeito."
a) à - a - à b) à - a - a c) a - a – à d) a - a - a
5.
Todas ___ sextas-feiras vamos ___ faculdade ___ pé, percorrendo a rua XV de
ponta ___ponta:
a) às - à - a -
a b) às - à - à - a c) às - à - à - à d) as - à - a - a
6-
Quanto... suas exigências, recuso-me... levá-las... sério.
a) às - à – a b) à - a - a c) à - a - à d) as - a - a
7-
Chegou ___ cavalo ___ terra estranha e pagou ___ dívidas de sua família ____
autoridade que lá estava.
a) à – àquela – as –
a c) à – aquela – às – à e)
a – àquela – as – à
b) a – àquela – às –
a d) à – àquela – as – a
8- Assinale a opção incorreta
a) Dirigiu-se a nossa
turma. c) Seguiram-no a distância e) Os marujos desceram a terra.
b) Comprou a
prazo. d) Voltou a casa
do pai.
9- O progresso chegou inesperadamente _____
subúrbio. Daqui ______ pouco, nenhum de seus moradores se lembrará mais da
casinha que, _____ tão pouco tempo marcavam a paisagem familiar
a) aquele, a, a b)
àquele, à, há c) àquele, à, à d) àquele, a, há
10-
Dei o livro_____ela. Chegaremos logo_____ Brasília.
Não vá_____cozinha.
a) a,a,à b) a,à,à c) à,a,à d) d) a,a,a e) à,à,à
a) a,a,à b) a,à,à c) à,a,à d) d) a,a,a e) à,à,à
Pensamento
"O professor medíocre conta. O bom professor explica. O profesor superior demonstra. O grande professor inspira."
(Willian Arthur Ward)
*Pós-Graduado
(Lato Sensu) em Língua Portuguesa e em Linguística.
Prof. de Português e de Literatura da Escola Thomaz Coelho
(EAD do Colégio Militar de Manaus)
Concursos da EsPCEx e da EsSA
(orientações):
Julho/2012
“As seleções para a Escola
Preparatória de Cadetes do Exército e para Escola de Sargentos das Armas estão
com as inscrições abertas Esses são os concursos militares com os maiores
números de inscritos do país. É importante que os candidatos refaçam as últimas
provas para não serem surpreendidos na hora ‘H’. Quase não há mudanças, então é
válido intensificar os estudos nos seguintes assuntos: acentuação gráfica,
ortografia, classes gramaticais, concordância, regência, crase e termos da
oração. Os candidatos ainda deverão produzir uma dissertação de extensão de 20
até 30 linhas, que tem como objetivo avaliar a capacidade de escrita,
argumentação e o perfeito uso da forma padrão da Língua Portuguesa. Vale
lembrar que não terá o texto corrigido quem fugir ao tema proposto. Com
certeza, a redação é a parte mais importante dos dois concursos: é ela quem,
geralmente, determina os aprovados e classificados para as próximas fases.”
Atenção: o CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS também está com inscrições abertas, até
16 de agosto, para jovens de 18 a 21 anos. Site:
www.mar.mil.br/cgcfn
Pensamento:
“A MELHOR
MANEIRA DE MUDAR O PADRÃO DE VIDA É MELHORAR O PADRÃO DO PENSAMENTO”
Andressen.
*Pós-Graduado
(Lato Sensu) em Língua Portuguesa e em Linguística.
Prof. de Português e de Literatura da Escola Thomaz Coelho
(EAD do Colégio Militar de Manaus)
1- Quanto à colocação do pronome oblíquo, analise os
enunciados e, depois, assinale a alternativa correta:
I
– Reencontraria-te, com prazer, se eu tivesse possibilidade.
II
– O combinado não se deve utilizar neste caso?
III
– Ambos se amam.
IV
– Nada o impedirá de alcançar uma vaga na superintendência.
V
– Acordou bem cedo, lhe dando ótimo exemplo.
a)
Apenas I, III e IV estão corretos.
b)
Apenas III está correto.
c)
Apenas II, III e V estão corretos.
d)
Apenas II, III e IV estão corretos.
e)
Todos estão corretos.
2- Assinale o item que conte a classe
gramatical correta, respectivamente, para as palavras sublinhadas nas frases: Que
calor! Que lindo!
a) adjetivo / preposição;
b) adjetivo / conjunção;
c) pronome / advérbio;
d) advérbio / pronome;
e) advérbio / pronome relativo.
3) Assinale a alternativa que preencha corretamente
as lacunas da sentença abaixo:
“Sr.ª
Desembargadora, caso _______ _____ _____________ a me ouvir, __________ que estou
me posicionando a favor de ________ ponto de vista”.
a) V.Mma. - se - dispor - verás - seu
b) V. Ex.ª - vos - dispuser - aperceber-vos-ei -
vosso
c) V.Excia. - vos - dispuserdes - compreendereis -
vosso
d) V. Ex.ª - se - dispuser - perceberá – seu
e) V. Ex. - vos - dispuser - perceberá – seu
4-
Passando do discurso indireto para o direto “Angélica e Marcele verificaram o
e-mail e concluíram que ali aquele vírus não existia”, teremos:
a)
verificaram o e-mail e concluíram que ali este vírus não existia.
b)
verificaram o e-mail e concluíram: - Ali, este vírus não existe.
c)
verificaram o e-mail e concluíram: - Ali aquele vírus não existe.
d)
verificaram o e-mail e concluíram: - Aqui aquele vírus não existe.
e)
verificaram o e-mail e concluíram: - Aqui este vírus não existe.
5- Os sinônimos de ignorante,
principiante, sensatez e confirmar são, respectivamente:
a)
insipiente – incipiente – discrição – ratificar.
b)
incipiente – insipiente – discrição – retificar.
c)
insipiente – incipiente – discrição – ratificar.
d)
insipiente – incipiente – descrição – ratificar.
e)
incipiente – insipiente – descrição – retificar.
6- Há erro de
concordância nominal na frase:
a) Nenhuns motivos me fariam desistir.
b) Estavam bastante esperançosos.
c) Estão anexos a certidão e o requerimento.
d) Será que vocês estavam alertas?
e) Histórias o mais tristes possível.
7- “Caso você tenha mais de 18 anos, vai ter de
votar nas próximas eleições. Isso pode ser estúpido e autoritário, mas
é a lei.” Sobre esse fragmento, não se pode concluir que:
a) O fato de se ter mais de 18 anos é uma obrigação
imposta que não condiz com uma vida democrática que julgamos viver.
b) Se trocássemos a conjunção condicional ‘caso’, no
inicio do texto, por outra condicional ‘a menos que’, o sentido original do
texto seria mantido.
c) A palavra destacada produz uma relação de
oposição ao que se afirma anteriormente: obrigação de votar é estúpida e
autoritária.
d) Isso, no segundo período é um termo anafórico,
retomando a idéia anterior que fala sobre o ter de votar nas próximas eleições.
e) “mais” tem idéia de soma, quantidade.
8- Leia e responda:
"O destino não é só dramaturgo, é também o seu
próprio contra-regra, isto é, designa a entrada dos personagens em cena,
dá-lhes as cartas e outros objetos, e executa dentro os sinais correspondentes
ao diálogo, uma trovoada, um carro, um tiro."
Assinale a
alternativa correta sobre esse fragmento de D. Casmurro, de Machado de Assis:
a) é de caráter
narrativo; b) é de
caráter reflexivo; e) metalinguagem
c) evita-se a
linguagem figurada; d) é de
caráter descritivo;
9- Preencha corretamente as lacunas:
1. Apesar da má
vontade, compareci ___ jantar.
2. A assistência ____
aulas é indispensável
3. Sábado, não
atendeu ___ nenhuma chamada telefônica.
4. Aludiu ___ outras
poesias famosas.
a) aquele – às – a – à
b) aquele – as – à – a
c) àquele – às – à – a
d) àquele – às – a –
a
e) aquele – as – a –
a
10- Assinalar a alternativa correta.
a) Somos nós que paga
a dívida.
b) Somos nós que
pagará a dívida.
c) Somos nós quem
pagará a dívida.
d) Somos nós quem
pagarão a dívida.
e) Somos nós quem
paga a dívida.
Gabarito na próxima edição do Jornal Solimões.
Pensamento
Sonho bom é aquele que acontece.
*Pós-Graduado
(Lato Sensu) em Língua Portuguesa e em Linguística.
Prof. de Português e de Literatura da Escola Thomaz Coelho
(EAD do Colégio Militar de Manaus)
E-mail: adrianorj2005@yahoo.com.br
NÃO ASSASSINE O PORTUGUÊS!
(Parte 2)
Para não esquecer:
CONCURSO LITERÁRIO
26. Comprimento dá medida; cumprimento dá as mãos;
27. Concerto musical. Conserto de máquinas;
28. Consenso é conformidade de idéias. Mas não existe na forma verbal: "consensar" ou "consensado";
29. Convalescença e não "convalescência";
30. Corroborar não é colaborar. É confirmar;
31. Coser de costurar. Cozer de cozinhar;
32. Crase. Nunca antes de masculino e nem de verbo. Distância determinada leva crase: ficou à distância de 5 metros.
Caso contrário, não: manteve-se a distância. À Terra, só se for planeta: O astronauta voltou à Terra;
33. De encontro a. Quem vai "de encontro a" bate de frente, entra em conflito. Vá "ao encontro de" se quiser somar, concordar, contribuir;
34. De forma que, de maneira que, de modo que. Sempre no singular;
35. Desapercebido é desprevenido. Use despercebido quando quiser dizer sem ser notado;
36. Descarrilar e descarrilhar. Ambas as formas estão corretas;
37. Descrição é de descrever. Discrição é de discreto;
38. Descriminar é inocentar. Discriminar é distinguir;
39. Destratar é insultar. Distratar é descumprir;
40. Dia-a-dia (com hífen) significa cotidiano (o dia-a-dia do trabalhador). Dia a dia é apenas todos os dias (ela trabalhava dia a dia);
41. Divisa divide estados. Fronteira, países. Cidades têm limites;
42. Dois pontos. Após dois pontos, não use maiúscula. A não ser que em seguida se inicie uma citação, ou que venha um nome próprio;
43. Em alto e bom som. E não em alto e bom "tom";
44. Eminente é o mesmo que nobre. Iminente está prestes a acontecer (imediato);
45. Empecilho e não impecilho;
46. Entre mim e você. Nunca entre "eu" e alguém. Entre outras coisas ou dentre outras coisas. Ambas as formas estão corretas;
47. Espectador assiste ao espetáculo. Expectador aguarda por algo;
48. "Esse", "essa", no texto, é o que já passou. "Este", "esta" está acontecendo, ou por vir;
49. Estadia. Navios, assim como outros meios de transporte, têm estadia (no porto, no hangar, etc.). Pessoas têm estada em navios, hotéis, cidades, etc.;
50. Estado de Mato Grosso;
51. Faz quatro anos. Nunca "fazem" quatro anos;
52. Flagrante é evidente. Fragrante é perfumado;
53. Ganho e não ganhado. Gasto e não gastado. Pago e não pagado;
54. Haja vista. Sempre no feminino e singular;
55. Hífen. Sempre utilize hífen nos cargos de nomes compostos como secretário-geral, diretor-presidente, etc.;
56. História em vez de estória, em qualquer caso;
57. Houve, há, haverá, havia, haveria casos. Houve situações. Houve aplausos. Com o verbo sempre no singular;
58. Item e itens não levam acento. Hífen leva, mas hifens não leva;
59. Independentemente de e não "independente de";
60. Infligir é aplicar pena, castigo. Infringir é transgredir;
61. "Inter", o prefixo, só pede hífen antes de palavra iniciada por "h" ou " r ";
62. Interveio e não interviu. Interveio é separar, se meter no meio. "Interviu" não existe;
63. "Intitular" (com "i") quando quiser dar título;
64. Ipsis litteris. Em latim quer dizer "com as mesmas palavras". Entretanto, prefira "literalmente";
65. "Mal", o prefixo, só provoca hífen antes de palavra iniciada por vogal ou "h";
66. Mandato é de prefeito, presidente, etc. Mandado é recurso judicial;
67. Mau contrário de bom. Mal contrário de bem;
68. "Meio", quando substantivo, concorda: meia garrafa. "Meio", quando advérbio, não concorda: meio nervosa;
69. Meio ambiente não tem hífen;
70. Menos. Nunca, jamais menas;
71. Microrregião. Assim mesmo, com "r" dobrado e tudo junto;
72. "Não", como prefixo, pede hífen: não-fumante, não-ficção;
73. Obrigado varia em gênero com a pessoa. Muito obrigada, disse a moça. Obrigado, agradeceu ele;
74. Persuasão se escreve assim, mas se pronuncia assim: "perssuazão". Subsídio assim se escreve e se pronuncia: "subssídio" e não "subzídio" (basta reparar que ninguém diz "subzerviente" ou "subzolo");
75. "Pra mim fazer", "pra mim dizer". Jamais. O certo é para eu fazer, para eu dizer;
76. Precursor (um "s" só);
77. Prefere-se uma coisa "a" outra e não "do que" outra;
78. Prefixos do tipo: bi, tri, tetra, penta, hexa não levam hífen. Brasil pentacampeão;
79. Privilégio e não "previlégio";
80. Pôr, com acento, é verbo. Sem acento, é preposição;
81. Porcentagem ou percentagem (porcentual ou percentual). Ambas as formas estão corretas.
80% votaram. 80% do eleitorado votou. 1% votou;
82. "Quite" varia em número: a empresa está quite com seus fornecedores. As empresas estão quites...;
83. Raios-X. Assim como está escrito;
84. Ribeirinhos no masculino. Mas população ribeirinha;
85. Se não ou senão? "Se não" somente se puder ser substituído por "caso";
86. Sem-terra, sem-teto, sem-vergonha, com hífen, sempre no singular;
87. Sentido conotativo é sentido figurado. Sentido denotativo é o real;
88. Sessão de cinema. Cessão de direitos. Seção de trabalho;
89. "Socio", o prefixo, dispensa hífen e o acento. Sociocultural, sociologia, etc. Mas se vem só, pede acento: sócio;
90. "Sub", o prefixo, só provoca hífen antes de palavras iniciadas por "r". E em pouquíssimas iniciadas por "b": sub-base;
91. Tampouco é também não. Tão pouco é muito pouco;
92. Terraplenar ou terraplanar. Ambas as formas são aceitas;
93. Telefonema. O telefonema (substantivo masculino);
94. "Todo mundo", sem artigo, significa todos. "Todo o mundo", com o artigo, quer dizer o mundo todo; "toda a empresa" é todo mundo da empresa. "Toda empresa" é toda e qualquer empresa, portanto, qualquer empresa;
95. Traslado e não translado;
96. TV em cores. Transmissão em cores;
97. "Ultra", o prefixo, pede hífen antes de palavras iniciadas com "h", "r", "s" e vogais;
98. Usufruir pede regência direta. Usufruiu bons momentos. Assim como desfrutou bons momentos;
99. Viagem (substantivo) é jornada, passeio. Viajem é tempo do verbo viajar;
100. Vir plural vêm. Ver plural vêem. No futuro: quando eu te vir (e não quando eu te ver).
Pensamento:
"Não venci todas as vezes que lutei. Mas perdi todas as vezes que deixei de lutar"
*Pós-Graduado (Lato Sensu) em Língua Portuguesa e em Linguística.
Prof. de Português e de Literatura da Escola Thomaz Coelho
(EAD do Colégio Militar de Manaus)
E-mail: adrianorj2005@yahoo.com.br
CONCURSO LITERÁRIO
Neste mês abro espaço na minha coluna para tornar público o I Concurso Literário de 2012 realizado na Escola Thomaz Coelho (EAD do Colégio Militar de Manaus em TBT). O evento ocorreu nos primeiros dias do mês de março, tendo como objetivo refletir e homenagear o Dia Internacional da Mulher. Os alunos se expressaram com belas poesias e dissertações, mostrando que estão antenados a ascensão feminina nos dias de hoje.
Os vencedores do I Concurso Literário de 2012 foram os seguintes alunos:
Ensino Fundamental:
1º lugar: Maria Clara Lodi Machado (7º ano)
2º lugar: Ana Clara Ferreira Sousa Bessa (8º ano)
3º Lugar: Jamile Paiva Macedo (6º ano)
Enterro da Amélia
Felizes os tempos de Amélia
Em que a mulher ideal só sabia lavar, cozinhas e amar.
A mulher ideal hoje em dia
Tem que cozinhar, amar, lavar e saber Geografia.
Benditos os tempos em que a mulher tinha
Liberdade pra ser somente mãe, avó e tia,
Hoje a mulher é professora, engenheira, costureira e bancária...
Coordenam a pia, o escritório e a secretaria.
Pilotar fogão? Hoje elas também pilotam a nação!
Não sabem mais costurar, nem fazer molho pardo
Porque lugar de mulher que se preze é na auto-escola.
Depender do marido? É coisa do passado...
Agora a moda é sustentar o namorado,
Competir pra ver quem pode dar o presente mais caro.
Independente, competente, ambiciosa:
É mãe, trabalhadora, frágil e corajosa,
Faz plástica, compras e leva o filho pra aula.
No enterro de Amélia, foram todas de carro.
Ana Beatriz de Araújo Cerqueira (3º Ano)
1º lugar (PROSA): PEDRO HENRIQUE FRAGA FEIJÓ (1º ano)
Mulheres
O modo em que as mulheres pensam e agem mudou muito de uns anos para cá. Há alguns anos atrás, o trabalho das mulheres era tomar conta dos filhos e da casa, mais as coisas mudaram bastante.
Além de desempenhar grandes deveres como cuidar e sustentar sua família e casa, nunca deixa de ser mulher. Sempre mantendo sua postura, elegância e vaidade. Sem as mulheres, o mundo não seguiria para frente, em cada pedacinho de cada coisa tem a participação delas. Sem elas a raça humana não teria progredido, pois para uma geração ser criada, necessita da participação da mulher. Sempre houve muito machismo em relação às mulheres conviverem em local de trabalho com homens, mas em muitos casos, mulheres estão desempenhando melhor o seu serviço. O modo como elas fazem parte de nossas vidas é uma coisa mágica. Elas estão presentes em cada momento de nossas vidas.
Quando nascemos, ensinam-nos a dar os primeiros passos e falar a primeira palavra. Na infância, ensinam-nos o que é certo ou errado e qual caminho devemos seguir. Na adolescência, ela nos dá conselhos. E por aí vai.
Por isso, o dia 8 de Março é para mim, um dia em que vamos valorizar exemplos de vidas. As mulheres.
Maria Clara Lodi Machado (7º Ano)
Especialista em Língua Portuguesa,
Linguística, Redação e Literatura
Prof. de Português da Escola Thomaz Coelho
(EAD do Colégio Militar de Manaus)
E-mail: adrianojr2005@yahoo.com.br
CONCORDÂNCIA NOMINAL
É aquela que se faz entre um substantivo e um adjunto (numeral, artigo, pronome, adjetivo, locução adjetiva) a ele ligado. Ela ocorre em gênero e em número. Ex.: O aluno. Os alunos. A aluna. As alunas. Garota alta. Garotas altas. Primeiros filhos. Primeira filha.
CASOS PARTICULARES
1) Um adjetivo para mais de um substantivo.
Ex.: Homem e menino altos. Homem e menino alto.
Mulher e menina altas. Mulher e menina alta.
Homem e mulher altos. Homem e mulher alta.
Atenção:
a) Quando o adjetivo concorda com todos os substantivos, há uma concordância gramatical ou lógica (concordância rígida); quando concorda só com o mais próximo, concordância atrativa.
b) Quando os substantivos são de gêneros diferentes, prevalece o masculino. Por isso, no último exemplo, diz-se altos. Da mesma forma, também se admite a concordância atrativa.
c) Vindo antes o adjetivo, é mais freqüente a concordância atrativa, a menos que se trate de nome próprio ou de parentesco.
Ex.: Má hora e lugar. Mau lugar e hora.
Os inteligentes Pedro e Osvaldo.
As alegres avó e neta.
d) Vindo antes o adjetivo, mas com artigo entre ele e o substantivo, ambas as concordâncias podem ser feitas.
Ex.: Chegaram animados a moça e o rapaz.
Chegou animada a moça e o rapaz.
2) Alerta e menos são invariáveis.
Ex.: Eles estavam alerta. (e não alertas)
Tinha menos convicção. (e não menas)
Obs.: Se uma palavra for substantivada, irá normalmente ao plural.
Ex.: o alerta − os alertas
3) Bastante pode ser variável ou invariável.
Ex.: Recebeu bastantes prêmios. (bastantes = muitos: pronome adjetivo indefinido)
Recebeu prêmios bastantes. (bastantes: adjetivo)
Estavam bastante cansados. (bastante: advérbio, pois modifica um adjetivo)
4) Anexo, obrigado, quite e leso são variáveis.
Ex.: Certidão anexa. Requerimento anexo. Mandei anexa uma cópia.
−Obrigada, disse a mulher. − Obrigado, disse o homem.
Crime de lesa-pátria. Crime de leso-patriotismo.
Obs.: Em anexo é invariável.
Ex.: Mandei em anexo dois recibos.
5) Possível é adjetivo, portanto variável.
Ex.: Mudança possível. Mudanças possíveis.
Obs.: Às vezes, é empregado como reforço em frases especiais, em que concorda com o artigo.
Ex.: Histórias o mais tristes possível.
Histórias as mais tristes possíveis.
Histórias quanto possível tristes.
Como se vê, se houver o advérbio quanto, possível fica invariável.
6) Mesmo e próprio concordam com a palavra a que se referem na frase.
Ex.: Ela mesma fez a limpeza. Ela própria fez a limpeza.
Ele mesmo fez a limpeza. Ele próprio fez a limpeza.
Obs.: Mesmo e próprio em frases desse tipo são pronomes demonstrativos usados para reforçar um termo na frase. Mesmo pode ser advérbio (realmente), ficando então invariável.
Ex.: Ela fez mesmo a limpeza.
7) Um e outro, um ou outro, nem um nem outro: substantivo no singular, adjetivo no plural e verbo no singular ou no plural.
Ex.: Um e outro animal ferozes fugiu.
8) Tal qual é variável. Tal concorda com o primeiro termo; qual, com o segundo.
Ex.: Ele era tal qual o colega. Eles eram tais qual o colega. Ele era tal quais os colegas. Eles eram tais quais os colegas.
9) Só = sozinho → variável
Só = somente → invariável
Ex.: Os parentes ficaram sós. Só eles reclamaram.
Obs.: A sós é invariável.
Ex.: Ele está a sós. Eles estão a sós.
10) Substantivo sem artigo, em frases com o verbo ser: adjetivo no masculino; com artigo, concordância normal.
Ex.: É proibido conversa entre os assistentes.
É proibida a conversa entre os assistentes.
Obs.: Ficam erradas as frases do tipo: "É proibido a conversa" e "É proibida conversa".
11) Haja vista.
Ex.: Haja vista os resultados. (invariável)
Obs.: Admitem-se também duas outras construções.
Ex.: Haja vista aos resultados. Hajam vista os resultados
12) Nenhum é pronome adjetivo; portanto, concorda com o substantivo.
Ex.: Nenhum livro. Nenhuns livros. Nenhuma caneta. Nenhumas canetas.
13) Palavra meio: variável ou invariável.
Ex.: Ele trouxe meia melancia. (numeral, acompanha substantivo)
Ela estava meio chateada. (advérbio, liga-se ao adjetivo).
14) Palavra todo: variável ou invariável.
Ex.: Ela chegou todo machucada. Ela chegou toda machucada.
Obs.:
a) A palavra todo, nas duas frases, é advérbio de intensidade, pois modifica adjetivo, equivalendo a totalmente. Na segunda, há uma flexão por influência do adjetivo machucada. É, pois, um advérbio que pode flexionar-se.
b) Em todo-poderoso, todo é invariável.
Ex.: O todo-poderoso. Os todo-poderosos. A todo-poderosa. As todo-poderosas.
15) Plural das cores
Ex.: blusas brancas. (brancas é adjetivo)
blusas laranja. (laranja é substantivo: invariável ao indicar cor)
blusas verde-amarelas. (dois adjetivos: só o segundo se flexiona)
blusas verde-abacate. (adjetivo mais substantivo: composto invariável)
blusas cinza-claro. (substantivo mais adjetivo: composto invariável)
Obs.:
a) Na palavra composta, o primeiro nome que indica cor não vai ao plural.
b) Azul-marinho e azul-celeste são, no português atual, invariáveis.
Ex.: Blusas azul-marinho. Blusas azul-celeste.
c) Se o composto for usado como substantivo, os dois elementos se flexionarão.
Ex.: O azul-claro. Os azuis-claros.
"FELIZ AQUELE QUE TRANSFERE O QUE SABE E APRENDE O QUE ENSINA"
(Willian Shakespeare(
Linguística, Redação e Literatura
Prof. de Português da Escola Thomaz Coelho
(EAD do Colégio Militar de Manaus)
E-mail: adrianorj2005@yahoo.com.br
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