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Greve do IFAM em Tabatinga (AM)



 CARTA A COMUNIDADE
Os servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas/Campus Tabatinga – IFAM, em assembléia geral realizada dia 10 de Agosto de 2012, decidiram aderir ao Movimento Nacional de Greve da Educação. Em luta pela educação brasileira e pela valorização dos profissionais da educação.
A partir do dia 16 de Agosto de 2012 os servidores do IFAM/Tabatinga paralisaram suas atividades para reivindicar melhores condições de trabalho. Ficando apenas os serviços considerados essenciais.
Pautas locais: Faltam servidores (docentes e técnicos administrativos). Docentes ministram aulas em carga horária excessiva e ainda assim várias turmas de discentes encontram-se sem professores. Faltam estruturas de laboratórios, refeitórios, espaços poliesportivos. Além disso, não há nenhuma política de incentivo para fixação de profissionais de excelência em áreas de fronteiras na Amazônia, ocasionando uma elevada evasão de profissionais qualificados. 
            O governo federal não reajusta o salário da categoria há 10 anos. Também não há um plano de carreira estruturado, existe um sucateamento da infraestrutura física por falta de investimentos.
            Defendemos que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) da nação seja destinado para a Educação. O Governo Federal vira as costas para os argumentos e propostas dos servidores públicos, e usa seguidamente o discurso da crise financeira internacional como justificativa para não atender às reivindicações que são apresentadas pelos movimentos sociais em defesa da educação. No entanto temos acompanhado um livre fluxo de recursos financeiros públicos voltados a atender banqueiros e instituições privadas.
            Os trabalhadores da Educação Federal estão em greve porque estão conscientes de que é imprescindível lutar em defesa das Instituições Federais de Ensino - IFEs. As negociações com o governo não avançam. No entanto, crescem a degradação das condições de trabalho, ensino e a dete­rioração da infraestrutura oferecida nas Universidades, Institutos e Centros Tecnológicos Federais.
            A realidade vivenciada pelos trabalhadores da Educação Federal e discentes é muito diferente do que di­vulga a propaganda oficial do Governo Federal. A cada começo de ano fica mais evidente a precarie­dade de várias Instituições Federais de Ensino, principalmente naquelas em que ocorreu a expansão. Os professores e técnico-administrativos defendem sim uma expansão das IFEs, desde que exista qualidade. Não adianta criar novas instituições sem oferecer as condições satisfatórias para que elas funcionem.
            Além disso, é necessário também oferecer um plano de carreira, que valorize os professores e técnicos, incentivando-os a dedicar suas vidas a essas instituições, à construção do conhecimento, aos projetos de pesquisa e de extensão. Só assim, é possível oferecer a educação de qualidade que a população brasileira merece.
             A partir do momento que nossas solicitações forem atendidas, ganhamos todos:
·      Alunos: melhoria da qualidade de ensino, uma vez que, as reivindicações contemplam recursos para a capacitação de professores e investimentos na educação;
·      Professores: ganha uma carreira sólida, como as que já existem para todos os outros servidores federais, medida necessária para manter uma carreira atrativa, no sentido de contar sempre com os melhores profissionais;
·      Técnicos Administrativos: melhores condições para exercerem suas atividades diárias, o que, sem dúvida, gera melhores resultados;
·      Comunidade Escolar: a partir do momento que nossas reivindicações forem atendidas, toda a comunidade escolar sai ganhando, inclusive os pais que terão certeza de início e término do calendário letivo e a manutenção da qualidade de ensino nas Escolas Federais.
            Assim sendo, contamos com o apoio dos Professores, Técnicos Administrativos, Alunos e toda a Comunidade Escolar para reforçar o movimento de greve que se alastra por todo o país. Lembramos que a decisão da paralisação foi provocada pelo próprio governo, quando continuadamente descumpriu os prazos acertados entre as partes, para negociar as reivindicações.
COMANDO LOCAL DE GREVE/
IFAM-Campus Tabatinga

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