Crônica - O mundo não acabou. E agora?
Dezembro/2012
Ok o mundo não acabou! Mesmo porque o
jornal se antecipou e saiu antes da fatídica data, mas vamos acreditar que ele
não vai mesmo acabar, o que significa que, assim como todos os anos, teremos de
enfrentar as festas dezembrinas. Não que eu não goste, pelo contrário, ainda
guardo com muito carinho as lembranças da infância, de quando dezembro era o
mês de férias, em que eu podia dormir e acordar mais tarde, e brincar na rua ou
jogar videogame sem me preocupar com a lição de casa.
Pois bem, cresci, meu
pai parou de me bancar (uma hora isso ia mesmo acontecer) e dezembro não é mais
um mês de férias e descontração, o que não quer dizer que
as festas não possam ser animadas, embora, todo ano, sempre tem algumas coisas
que acabam por se repetir, a saber:
O Natal. Ah, essa data
tão bonita, em que você comemora o 13º salário comprando coisas que não precisa
ou presenteando pessoas que depois vão ter de ir até a loja para trocar porque você
sempre vai errar no modelo, na cor ou no tamanho do presente. Mas nunca fui uma
pessoa de família natalina, na maioria das vezes eu passava pela data vendo os
programas na TV ou jogando videogame mesmo. Na adolescência, frequentava as festas
na casa de um amigo (muito boas, por sinal) e só na fase adulta que comecei a participar
de agradáveis jantares em família na casa da minha sogra. Mas o Natal (sem
fazer análise religiosa, apenas festiva) sempre me pareceu um prelúdio, uma
pré-comemoração para a virada de ano. Essa sim, sempre recheada de diversão,
muita festa, churrascos e queima de fogos.
E claro, promessas que sabemos
que não vamos cumprir, mas que a esperança pelo início de um novo ano nos faz
acreditar piamente que seja possível.
No entanto, mais do que
apenas prometer, acho importante essa época para refletir pelo que se passou.
Olhar para trás e
valorizar o que foi aprendido no caminho percorrido até aqui. E o quanto teve
de ser deixado para trás, muitas vezes, às custas de boas doses de sacrifício.
Tipo aquelas retrospectivas que todo canal de TV exibe sempre num horário que
nunca dá pra assistir, sabe?
Mas da nossa própria vida.
Fazendo uma análise rápida,
esse ano muitas coisas me aconteceram. Mudei totalmente de emprego e levei um pouco
de tempo pra me adaptar com as novas atividades, os novos colegas de trabalho e
toda a rotina diferenciada. O site (www.rabiscando.com) que mantenho com meu
amigo e sócio não avançou muito, devido nossa falta de tempo para nos
dedicarmos com mais empenho, mas já fico feliz de saber que ele continua sobrevivendo
e incluo maior dedicação entre as promessas de ano novo. Ainda na área
profissional, lancei o meu segundo livro, com uma história inédita e o primeiro
capítulo do que deve ser uma trilogia de um personagem bastante intrigante. O lançamento
foi ótimo e o feedback dos leitores tem sido muito positivo, principalmente de
pessoas que eu nunca havia conversado.
Também comecei a correr
com mais dedicação, participei de algumas provas e vou, pela primeira vez,
participar de uma São Silvestre ao lado do meu pai, uma oportunidade tão boa que
não há como descrever, considerando que há 2 anos meu pai fizera uma cirurgia e
poderia ter ficado impossibilitado de praticar atividades físicas, então, esse
é um dos meus melhores presentes.
Enfim , muitas coisas aconteceram
e eu precisaria ficar divagando muito mais para falar sobre tudo (como, por
exemplo, depois de 11 anos, trocar finalmente de carro), mas a ideia não é
ficar me prolongando e sim, dar inspiração para que cada um repense a sua vida,
avalie o que foi bom e o que foi ruim e, principalmente, seja capaz de aprender
com tudo, com os erros e os acertos e procure sempre ser
uma pessoa melhor no futuro.
Melhor pro mundo, pros
outros e pra si mesmo. Você não precisa esperar uma data específica para tentar
mudar o que não está bom.
Mas se acha que isso é
importante, se o mundo não acabar, é um bom motivo para começar. Boa nova vida e até 2013!
lurodrigues@rabiscando.com
Nenhum comentário
Obrigado pelo seu comentário!!