ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Qual a Agenda do Fim do mundo?



Quando comecei a escrever o texto para a coluna desse mês, me dei conta de que ele pode ser o último, afinal, de acordo com os alarmistas, o mundo vai acabar no próximo dia 21! Isso me deixou confuso e percebi que precisava de umas explicações mais detalhadas com essa história de fim do mundo.
Por exemplo, será que vai acabar de uma vez ou será que vai ser em partes? Fim do mundo tem fuso-horário? Tipo, os japoneses vão chegar (ou partir, no caso) na nossa frente? E o horário de verão, vale?
Outra dúvida pertinente, o mundo vai acabar em fogo, em água, vai cair um meteoro, seremos atacados por alienígenas ou o cérebro das pessoas vai finalmente derreter por ouvir muito funk e Michel Teló?
E será que vai passar na televisão? Como seria? Imagino que começaria pela Rede TV, o programa da Luciana Gimenez adora uma polêmica. Poderiam chamar o padre Quevedo (que iria dizer que fim do mundo “non ecziste”), o Inri Cristo (que faria uma paródia para acompanhar) e talvez até o Toninho do Diabo. O melhor é que o canal nem precisaria dar cheque pré-datado pra depois do fim do mundo pensando em dar calote, porque qualquer um sabe que eles não vão pagar de qualquer jeito mesmo.
E a Bandeirantes? Iria colocar o Neto pra comentar e dizer que “’é brincadeira isso aí!”, com o Milton Neves fazendo propaganda (e pensando em processos) como se não houvesse amanhã. E dessa vez ele estaria certo, pelo menos!
No SBT, o Silvio Santos poderia exibir as Pegadinhas do Apocalipse, a Porta da Desesperança e o Pião da Cova Própria. Se bem que, conhecendo o histórico do SBT, é mais provável que ficasse passando Chaves até o mundo acabar. E talvez até depois.
Na Record não passaria nada, porque eles venderiam o horário para o Fala Que é o Fim do Mundo, pelo valor três vezes maior do que custaria o horário.
E a Globo, claro, sendo o maior canal do País, investiria bastante. Roberto Carlos faria seu show derradeiro. O Didi poderia apresentar o Fim do Mundo (sem) Esperança e se emocionar por estar tão próximo de se encontrar novamente com Mussum e Zacarias. No Programa do Jô, poderia rolar uma entrevista com a personalidade do momento (os aliens invasores, os funkeiros... ou até o meteoro, que, provavelmente, seria mais interessante que o funk).
E o final do mundo seria narrado pelo Galvão Bueno, com comentários do Casagrande e avaliação do Arnaldo Cesar Coelho. “Olha lá, olha lá! O meteoro caiu ali, no meio da cidade, a população sentiu e não gostou não. Falou pro meteoro: ô seu meteoro, aqui não! E aí Casagrande, no seu tempo de jogador, caiu algum meteoro?”. Bom, a não ser que o Casagrande tenha jogado com os dinossauros, acho que a resposta é não, né? “Opa! O alienígena chegou como quem não quer nada, fingiu que era amigo e de repente começou a destruir o mundo! Pode isso, Arnaldo?”.
            Bom, então, parafraseando Jim Carrey em o Show de Truman, “Caso eu não os veja mais... bom dia, boa tarde e boa noite”. E bom fim do mundo pra todos!

pdcomics@hotmail.com

Nenhum comentário

Obrigado pelo seu comentário!!