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Universitários conhecem trabalhos desenvolvidos na Embrapa Amazônia Ocidental





Por Felipe Santos da Rosa*

Cerca de 15 alunos do curso de Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) visitaram, na manhã desta quinta-feira (21/2), em Manaus, a sede da Embrapa Amazônia Ocidental – Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Na ocasião, os universitários puderam aprender sobre os bancos de germoplasma (unidades conservadoras de recursos genéticos) e as pesquisas que estão sendo realizadas na instituição. Durante a visita, os estudantes tiveram contato com trabalhos desenvolvidos em quatro áreas: palma de óleo, cupuaçu, mandioca e guaraná.

O roteiro da visita teve início com uma palestra sobre recursos genéticos da palma de óleo, ministrada pela pesquisadora Sara de Almeida Rios, que mostrou um panorama geral sobre o tema.  A apresentação abordou desde a dispersão da palmeira pelo mundo, principais países produtores – a Malásia lidera o ranking atualmente – até chegar aos trabalhos desenvolvidos na Embrapa Amazônia Ocidental, relacionados à coleção de germoplasma e melhoramento genético da palma. Um dos principais focos de trabalho da Unidade está voltado para o BRS Manicoré, híbrido interespecífico entre o dendezeiro (palma de óleo africana) e o caiaué (palma de óleo americana). A cultivar, lançada em 2010 pela Embrapa, tem como umas de suas principais características a resistência ao amarelecimento fatal (AF).

Em seguida, a pesquisadora Aparecida Claret foi a campo para mostrar in loco o banco de germoplasma de cupuaçu. Ela falou aos alunos sobre todas as etapas necessárias para a formação da coleção de recursos genéticos e também abordou temas relacionados à agroindustrialização da matéria-prima, que tem boa aceitação no mercado de sucos, sorvetes, doces e cosméticos, entre outros. A pesquisadora também abordou uma das principais dificuldades da cultura, que é o combate a doenças como a vassoura-de-bruxa e a broca do fruto.
Depois, o pesquisador Miguel Dias apresentou a mandioca como cultura industrial, abordando vários aspectos, como: as características das variedades de raízes de mandioca, processamento e utilidades, além dos métodos de propagação da espécie, como propagação rápida, via gema, com planta matriz, através de método adensado e por microestacas. 

Finalizando a visita, a pesquisadora Nelcimar Reis falou sobre o banco de germoplasma de guaranazeiro, destacando a importância do banco de recursos genéticos mantido pela Embrapa Amazônia Ocidental, atualmente o único no mundo. Além de ter valor para a cultura regional, o guaraná também possui espaço no mercado industrial, sendo utilizado em fármacos, cosméticos e refrigerantes.

O aluno do quarto período do curso de Biotecnologia, Gabriel Barbosa, aprovou a visita. “Foi muito bom ver que a Embrapa mantém bancos de germoplasmas de forma a preservar as nossas culturas, visando a questão econômica para o produtor e também a questão da sustentabilidade ambiental”, destacou.


Jornalista MTb 14406/RS 
(92) 3303-7852/3303-7860 
cpaa.nco@embrapa.br 
felipe.rosa@embrapa.br

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