Moradores da Comara sofrem com o fenômeno das "Terras Caídas"
Fotos: CG
Os moradores do bairro da Comara atualmente sofrem com o fenômeno das "Terras Caídas". O avanço do rio Solimões após sua vazante que terminou em junho/2013 deixou várias famílias em alerta. O bairro da Comara é o único bairro de Tabatinga (AM) afetado por esse fenômeno que acontece todos os anos, uns com muita e outros com pouca intensidade.
Já foram desocupadas duas casas que se encontram todas destruídas pelo barranco, e a terceira que está em situação de risco é a de Carmelino Gomes, 60, morador da Comara há mais de 40 anos que ainda não saiu do local por razões financeiras e que se encontra muito triste em ter de deixar o local de sua vida. As rachaduras do fenômeno estão a seis metros de sua casa que é feita de madeira. A Defesa Civil Municipal já esteve no local e fez medições na área de Carmelino Gomes.
Na parte do centro da cidade, áreas mais importante para o desenvolvimento de Tabatinga, mais exatamente no Complexo Turístico de Tabatinga, foi construída uma parede de contenção a fim de barrar esse fenômeno, sendo que na área da Comara nenhum tipo de contenção existe, pois a vegetação nas margens do rio Solimões não consegue conter esse fenômeno.
Grandes blocos de terras, feito fatias de bolo se encontram desmoronando na área que pertencia à antiga Feira da Comara, que já foi engolida pelo rio nos anos 90. A força da natureza é imensa e não perdoa à ninguém, além de continuar avançando sobre o bairro. "No período de vazante, o rio escava a base destes depósitos de areia e lama que, conseqüentemente, desabam. Às vezes escorregam devido ao próprio peso, já que são areia e lama inconsolidados e formam uma corrente de turbidez, que é um fluxo de lama e os "tsumanis", que são as famosas ondas e o banzeiro, devido a movimentação d'água, explicou o geólogo do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Renê Luzardo.
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