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Nada se cria, tudo se copia


Por : SBL

Até concordo com a afirmação. Tudo que já foi ou vai ser criado algum dia tem como base algo que já existia antes. Vale para um jogo de videogame, uma técnica de produção na indústria, nas artes em geral, ou até na produção de conteúdo para o rádio, jornal ou televisão.

Quem não se lembra do recente sucesso dos sites de compra coletiva, como Peixe Urbano, Clube do Desconto, entre outros? A novidade foi tão bem aceita pelo público consumidor que em pouco mais de dois meses já existiam mais de cem sites com a mesma proposta, a mesma sistemática e talvez até com os mesmos estabelecimentos comerciais cadastrados. No entanto, poucos conseguiram manter-se "vivos" por mais de um ano.

Em toda parte a inovadora técnica do copiar/colar (Ctrl+C – Ctrl+V) já está mais que consolidada. De minha parte nada contra, até porque é impossível controlar todas as cópias ou seus autores. Mas (peço de joelhos), por favor, faça direito! Gostou e quer vender um boneco (action figure para os colegas que entendem do assunto) de algum herói de história em quadrinhos? Ao menos faça o boneco proporcional e com a pintura no lugar certo, sem aquelas rebarbas de plástico que demonstram o amadorismo de quem o fabricou. Quer montar uma barraquinha de cachorro-quente na esquina de casa? Pelo menos tente descobrir o segredo do molho do melhor cachorro-quente da cidade até o momento, e nada de comprar a salsicha de terceira qualidade só pra economizar alguns centavos. Mais barato não é receita de sucesso pra ninguém. Você garante a venda do primeiro lanche, mas quem garante que o cliente volta?

Mas, peraí! Quem disse que a gente está aqui pra falar de lanche?

Quer lançar um veículo de comunicação em um mercado pouco saturado? Pelo menos pesquise, compare, estude o concorrente, para entregar um produto/serviço no mínimo igual ao mais aceito pelo público. Contrate locutores ou diagramadores de qualidade. Se não for algo bonito, o leitor/ouvinte não vai querer continuar perdendo tempo. O destino do papel será o embrulho do peixe e o das ondas sonoras será o silêncio do rádio.

E pra finalizar essa prosa, sem dar muitos nomes aos bois, só mais uma dica a quem vestiu a carapuça oferecida pelo JS: seja no mínimo original, e cumpra as promessas que fez ao público. Já imaginou se surgisse um canal de TV chamado Globo 1, disfarçado como G1 Notícias? Que credibilidade teria? E se prometesse ser diário e tivesse programação nova só uma vez por semana? Não se enganem. O povo está cansado de levar gato por lebre. Solimões de qualidade só tem um e está vivo há mais de cinco anos.

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