Entrevistas: Silvio Brasil de Lima
Endereço
eletrônico: brasil_am@hotmail.com
Fotos: Silvio Brasil de Lima e JR Produções
Os temas do evento foram sobre
“Economia Verde, Sustentabilidade e Erradicação da Pobreza”. A programação do
evento contou com palestras, mesa redonda, minicursos e oficinas. Confira os
detalhes do evento, nas entrevistas abaixo:
Profª. MSc. Marcella Pereira da Cunha Campos, diretora do CESTB/UEA: “Esse evento foi um marco na história da
academia, com relação aos nossos discentes da UEA e de toda comunidade que
participou direta e indiretamente da SNC&T em TBT. Os palestrantes
convidados das mais diversas regiões do Brasil e Colômbia, deram grande
contribuição na troca de conhecimentos com as três temáticas abordadas:
Sustentabilidade, Economia Verde e Erradicação da Pobreza. Observamos que
durante todos os dias do evento, os alunos estavam motivados com as temáticas
em pauta, inclusive elaborando projetos a respeito dessas temáticas. Outro fato
importante, foi a aproximação da comunidade dessa região de tríplice fronteira
ao interior da UEA/TBT. Por exemplo, as oficinas e minicursos que ocorreram
tanto na UEA, como nas escolas públicas de Tabatinga, vieram reforçar tudo que
aprenderam na Universidade, sendo multiplicadores perante a sociedade. Isso
mostra que a universidade, é muito mais do que só ficar em sala de aula.
Agradecemos a participação do Jornal Solimões, de toda comunidade que se fez
presente e, aproveito a oportunidade para convidar a todos a participarem do Segundo Encontro Regional de Pesquisa e
Ciência na Amazônia , evento que acontecerá nos dias 13,14 e 15 dezembro de
2012 na UEA/TBT. Esse evento terá peso de congresso internacional, com vários
representantes do Brasil e Colômbia, cujo objetivo será fomentar a divulgação
dos trabalhos desenvolvidos, principalmente nessa área de fronteira.
Prof.
MSc. Luiz Felipe Lacerda, docente e membro da Comissão de Extensão do CESTB
/UEA, psicólogo, Doutorando em Ciências Sociais na Universidade do Vale do Rio
dos Sinos – UNISINOS-RS, autor do projeto do evento local da Semana Nacional de
Ciência e Tecnologia: “Esse
megaevento que aconteceu em nossa tríplice fronteira na UEA/TBT com apoio da
FAPEAM, foi uma das unidades de ensino superior de todo Estado do Amazonas que
mais fez atividades. Os nossos alunos estão contentes, as atividades foram boas,
conseguimos trazer a comunidade tabatinguense, do Alto Solimões e países
fronteiriços para dentro da universidade e levar os nossos alunos para dentro
das escolas de TBT. Avaliamos que de fato essa troca de experiência é
importante, porque é o que a extensão propõe, o rompimento das barreiras
institucionais entre o conhecimento científico e o conhecimento popular. Para
nós da instituição, ficam sempre ensinamentos. A UEA é uma universidade nova,
com dez anos de vida, estamos em processo de aprendizagem e, a cada evento
adquirimos mais experiência, aperfeiçoando a nossa forma de organizar eventos,
justamente para melhorar a formação dos nossos acadêmicos. Inclusive a relação
com a comunidade dessa região. A avaliação final do evento é positiva, tivemos
dificuldades, desafios que foram superados e, pelas respostas dos nossos
convidados, dos acadêmicos e da comunidade do Alto Solimões e tríplice
fronteira, foram momentos positivos, de
intensa interação de troca de conhecimentos para quem participou do evento.
Acreditamos que as discussões foram pertinentes com temas sobre
Sustentabilidade, Erradicação da Pobreza e Economia Verde aqui na tríplice
fronteira amazônica. Debatemos temas bem específicos a nossa realidade, como a
questão da água, saneamento básico, lixão e outras temáticas relevantes. Sabemos
que as pessoas que participaram, são atores sociais nessa região fronteiriça,
como professores (as), líderes comunitários,... dessa forma levam a discussão
adiante a realidade aonde estão inseridos, influenciando o ambiente na medida
em que se busca transformar essa realidade, no sentido de melhoria de qualidade
de vida para a população. Acreditamos que os efeitos positivos após esse evento
irá reverberar na comunidade, no sentido de auxiliar na condição crítica, no
posicionamento, na luta conjunta e comunitária para o bem da tríplice
fronteira. Somos gratos ao Jornal Solimões pela cobertura dada ao evento, aos
nossos colegas da Rádio Mesorregional do Alto Solimões, a Emissora Policia
Nacional e a Emissora Fantástica FM (ambas de Leticia), aos professores
convidados que vieram de diversos estados do Brasil, aos nossos acadêmicos que
participaram maciçamente lotando o auditório em todas as atividades, a FAPEAM
que nos possibilitou fazer esse evento, assim como nosso corpo docente de alto
quilate da UEA/TBT que, diretamente se engajou nesse evento para que
obtivéssemos êxito. Enfim, sabemos que temos desafios a melhorar daqui para
frente, mas também estamos encontrando as nossas conquistas através dessa área
de trabalho”.
Prof. Sérgio Luz, biólogo, Doutor em parasitologia,
pesquisador titular da FIOCRUZ/Amazônia. Palestrou sobre o Desafio da Saúde
para Enfrentar a Pobreza: “É uma felicidade em
participar de um evento como esse, com o auditório lotado de alunos e professores.
É uma semana importante em todo o Brasil, com atividades cada vez mais
empolgantes para o público presente. A UEA- TBT está de parabéns em oportunizar
esses momentos no interior do estado, visto que tem polos/centros em diversas
cidades do interior, como aqui em Tabatinga. Esse é um momento em poder
apresentar o que realmente a academia, através da pesquisa faz, para que a
população possa entender melhor esse trabalho, estimulando o desenvolvimento
local. A academia científica tem uma capacidade enorme de produzir conhecimento
através das necessidades locais. Então, o incentivo do estado para pesquisa e
desenvolvimento deve ser perene, pois só dessa maneira, daremos autonomia para
as regiões e localidades. Exemplo é o que estou vendo aqui na UEA/Tabatinga, um
auditório cheio, onde você consiga formar todos os alunos presentes com
mão-de-obra qualificada nas mais diversas áreas de formação”.
Profª Marília Veríssimo Veronese,
pesquisadora do Programa de Pós
Graduação em ciências sociais da
UNISINOS-RS e Doutora em Psicologia Social. Participou da mesa redonda sobre o
tema Economia Solidária e desenvolvimento Sustentável. “É um evento
importante que acontece na UEA/TBT onde participam pessoas das mais diversas
cidades do Brasil, contando das suas experiências e socializando com a
comunidade local. Acredito que essas informações irão colaborar para que vocês
também possam pensar nas comunidades inseridas nessa região ao seu próprio
processo, a partir do conhecimento de outros processos, começar a pensar os
seus entraves, os pontos positivos, ver os avanços e tentar novas alternativas
para aquilo que não está legal e pode ser melhorado. O que se percebe, é de que
não estamos isolados no mundo. Fazemos parte de um grupo de pessoas que estão,
pelo nosso planeta, tentando mudar as condições de vida que hoje promovem
injustiça para uma justiça social. Vejo que os políticos devem participar mais
desses eventos e, nós devemos nos fortalecer cada vez mais, entre nós, para que
se possa perceber parte de um todo e que não estamos isolados no mundo e,
interagindo com os políticos através de diálogos para que percebam a
importância de um evento como esse, mostrando nossas propostas, interesses,
tencionando e trazendo para que eles possam interagir conosco e repensar suas
posições, no sentido de nos fortalecer enquanto movimento social. Evento este,
que foi mais uma experiência ímpar em minha vida, senti-me em casa e percebo
que em qualquer lugar do mundo a gente se une por um objetivo comum que, é de
melhorar nossas vidas, sociedades, o mundo e nosso planeta”.
Profª Marilene Liege Darós, psicóloga
social, Mestre em ciências sociais, doutoranda em ciências sociais na UNISINOS.
Participou da mesa redonda sobre o tema Economia Solidária e Desenvolvimento Sustentável. “Um evento
como esse é extremamente importante para comunidade, em que a universidade faz
parte da comunidade podendo contribuir com o avanço da solução dos problemas da
região a partir do desenvolvimento dos temas em pauta ocorrido nesse evento,
quais seriam as soluções..., os professores que estão em formação aqui, levam
para escola esses temas para serem debatidos com seus alunos. Precisamos formar
as novas gerações na perspectiva da sustentabilidade, no manejo da água e do
lixo. Tudo isso está sendo discutido nesse evento e será levado para
comunidade. Essa é a importância do evento e as pessoas que participaram desse
acontecimento, que sejam multiplicadores nas suas comunidades sobre o debate
que aconteceu na UEA/TBT, sobre Economia Solidária, Economia Verde,
Sustentabilidade, Modos de Viver que, muitas vezes já existe nas comunidades
tradicionais (indígenas), de forma que não se agrida a natureza, que não se
explore o outro ser humano ou a própria natureza. Temos que aprender com isso,
com as comunidades, agir de forma a facilitar os processos de solução dos
graves problemas que nós temos, como o abastecimento de água, a comercialização
do artesanato local, saneamento, etc. Então, são vários problemas que precisam
ser encaminhados, é uma construção difícil e longa, mas possível e, todos os
cidadãos têm que participar. Temos que construir uma cultura cidadã que ainda
não existe no Brasil. Se faz necessário fazer parceria com os poderes públicos,
porque a universidade está próxima das pessoas e comunidades. Temos que trabalhar
de uma forma mais rápida essa interlocução/troca entre os poderes públicos
locais e universidade. Os resultados das pesquisas têm que alimentar a
elaboração das políticas públicas para que possam dar conta das necessidades
das pessoas. É uma oportunidade que estou vivendo de troca intercultural, estou
aprendendo com o povo dessa região e, espero deixar um pouco das nossas
experiências para que a gente possa aprender reciprocamente”.
Profª Amélia Regina Nogueira, geógrafa
e assistente social, Doutora em geografia pela Universidade de São Paulo e docente da UFAM. Palestrou sobre o tema:
Para pensar uma “Pedagogia da Terra”: As
questões ambientais e as desigualdades sociais. “Parabenizo a UEA em ter
abraçado essa discussão junto com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do
Estado do Amazonas. O Tema é relevante para qualquer cidadão dessa região, até
porque vai discutir os principais problemas socioambientais do município,
sensibilizando a população para essa discussão. Começando obviamente pelos
estudantes, professores, pesquisadores, representantes da sociedade civil. Vale
ressaltar que essa discussão não é só local, mas passa por uma preocupação no
mundo, que é a preservação da terra enquanto organismo vivo e nosso habitat e,
ao mesmo tempo, pensando diretamente as condições sociais, como a desigualdade
social e da fome no mundo. Então como a gente pensar ao mesmo tempo na
preservação da terra e do homem. Porque o problema da fome e pobreza está aos
nossos olhos. A ideia desse debate inicialmente é trazer pelo menos uma
reflexão nesse primeiro momento dos professores, estudantes, pesquisadores e,
da própria administração pública que está inserida nesse processo. É uma pena,
parte dos políticos dessa região estarem ausentes em um evento como esse. Do ponto de vista do governo federal, há toda uma preocupação, tendo em vista que
o Ministério das Cidades têm projetos em relação à coleta de lixo, à
erradicação da pobreza que envolve diretamente o poder público municipal. A
ausência desses políticos locais faz com que a sociedade civil local tenha um
poder de pressão muito mais forte em relação a isso. Não dá para viabilizar
projetos se o poder público está ausente, pois são os mediadores desse debate.
Infelizmente um evento que mexeu com a cidade de Tabatinga e não mexeu com a
administração pública dessa região. Isso não é bom, porque quem é responsável
pela educação, saúde, meio ambiente, habitação... diretamente é a equipe
técnica que administra o município e os vereadores que têm que fiscalizar as atuações
do executivo. Se eles se ausentam, fica como se fosse uma perna sem uma parte
do corpo, mas a população daqui para frente terá mais elementos para exigir e
reivindicar essa atuação do poder municipal. Creio que essa ausência ocorra em
todo Brasil, depois das eleições já começam ausentes para o debate. Agradeço a
UEA pelo convite e, o foco da minha palestra envolve uma discussão diretamente
as escolas e uma discussão de uma pedagogia da terra, onde podemos pensar
coletivamente essas questões e não jogar para o outro a responsabilidade.
Espero que esse encontro deixe essa marca filosófica aos cidadãos dessa
região”.
Prof. Raimundo Mendes de Souza, Pós graduado em gestão escolar e
docente da UEA/TBT, membro da equipe
de pedagogia. Ministrou o minicurso “Como Controlar o Medo de Falar em Público:
“Na verdade, a universidade está cumprindo uma das suas atividades, que é a
questão da produção do conhecimento e, esse é um momento oportuno, tanto para o
corpo docente como discente, pois têm a possibilidade de mostrar parte do
conhecimento já produzido e que está sendo construído. O conhecimento não está
acabado. Esse é um momento em que a UEA dá oportunidade também para comunidade
externa. Estamos felizes com a realização desse evento e o que se percebe, é que
existe uma produção de conhecimento, havendo uma satisfação relevante das
pessoas que estão participando e, nós como professores fazendo parte desta
instituição nos sentimos orgulhosos. Somos gratos ao Jornal Solimões, pois está
sempre presente e acompanhando esses trabalhos, enquanto algumas instituições
públicas não se fazem presentes nesse evento, isso é muito ruim, porque todas
instituições deveriam participar, visto que não dá para trabalhar isolado da
universidade, pois é a grande construtora do conhecimento e, a UEA/TBT está
fazendo a diferença em nossa região. Por este motivo, as instituições precisam
participar mais desses eventos que ocorrem na cidade e, o pior, é que não
enviam nenhum representante. Portanto, o JS está de parabéns em disseminar
esses acontecimentos para comunidade da nossa região e para o mundo, através da
web: www.solimoesjornal.blogspot.com”.
Francisco Rabelo Tananta, discente
do 2º período de pedagogia na UEA/TBT. “A UEA é uma universidade que está
preocupada em difundir esse evento a nível nacional e, certamente contribuirá
para o desenvolvimento acadêmico em nível de Estado do Amazonas, sobretudo para
o Centro de Estudos Superiores de Tabatinga. Estou acadêmico da UEA/TBT,
agradecido também pelo evento que é disponibilizado pela universidade e, vale
ressaltar que está bem organizado, inclusive nós discentes estamos participando
do minicurso cujo tema é “Como Controlar o Medo de Falar em Público” e,
oficinas com os mais variados temas que irão
agregar mais conhecimento ao nosso currículo. Parabéns a toda equipe organizadora e aos professores
que se deslocaram de outras cidades para partilharem seus conhecimentos com os
cidadãos da nossa região”.
Profª Adriana Aparecida das Neves de Queirz, docente da UEA/TBT, especialista em língua portuguesa. Participou da oficina “Brincadeiras com Verbos” na
escoda estadual GM: “Essa oficina é importante porque nossos discentes da
UEA saem da universidade e vêm para as escolas estaduais ministrar oficinas.
Vêm dar aulas dinâmicas para crianças e, é bem interessante, pois essas
crianças gostam dessas atividades. Esses alunos veem as matérias que já viram
ou ainda vão ver, sendo que, de outra maneira ou forma. Diferente que a
professora de sala passou, é como se fosse um reforço, é uma nova maneira de
ver aquela matéria e, eles com certeza aprendem e apreendem. A SNC&T que
aconteceu no CESTB é positiva, tendo em vista que vieram palestrantes de todo
Brasil, enriquecendo o conhecimento cognitivo e intelectual de todos que
participaram desse megaevento e, quem ganha com isso é toda população da nossa
região do Alto Solimões e países fronteiriços. Agradecemos ao excelente
trabalho que o Jornal Solimões desenvolve nessa região”.
Profª Elizete Monteiro da Silva – UEA/TBT-, graduada em Normal Superior
e Letras, Pós-graduada em
Psicopedagogia. Ministrou o minicurso “Alfaletrar Com Jogos”: “Sabemos que
a universidade tem três pilares: ensino, pesquisa e extensão e, durante essa
semana dentro do ensino metodológico do ensino-aprendizagem, podemos mostrar os
trabalhos que são realizados em todos os níveis e áreas do conhecimento. Por
exemplo, debatemos temas que irão envolver a questão amazônica, da diversidade
cultural, da antropologia, da história da humanidade utilizando os métodos de
ensino, pesquisa e extensão que vão colaborar para que, de fato possamos ter
conhecimento acerca de todos os fatores que envolvem a sociedade”.
Maria Verônica Silva Costa, discente do 6º período do curso de
pedagogia da UEA/TBT: “É de suma
importância esse evento que está ocorrendo em nossa cidade, não só para o
desenvolvimento do Brasil, mas sobretudo para nossa cidade de Tabatinga,
municípios do Alto Solimões e países fronteiriços, como Colômbia e Peru. Vemos
nesse evento que os temas Economia Verde, Sustentabilidade e Erradicação da
Pobreza, estão em voga em nosso planeta e toda comunidade tem que se
sensibilizar e, a UEA oportuniza isso através da ciência e tecnologia.
Precisamos nos comover com o que está acontecendo no nosso mundo, não só em
relação ao meio ambiente, no que diz respeito a preservação, mas de que forma
podemos preservar e utilizar a nossa natureza amazônica de forma sustentável,
amenizando ou erradicando a pobreza de uma vez por todas em nosso país. Outros
momentos que merecem destaque nesse evento, foram os minicursos e oficinas
realizados”.
MARIA EMILIA MONTES, profesora de la Universidad
Nacional de Colombia, sede Bogotá, PhD en Lingüística:
“Primero que todo, agradezco mucho esta
invitación, que me hicieron de la Universidad del Estado del Amazonas, a
participar en este evento, que es un evento que está aconteciendo en todo el
Brasil, una semana que están dedicando a estos temas ambientales y sociales. Me
parece muy bueno haber podido estar aquí
acompañando la Universidad del Estado del Amazonas, porque creo que estas son
preocupaciones comunes, tanto para los pueblos y los gobiernos, como para
nosotros, los que estamos en las universidades. Los asuntos de educación
indígena, salud indígena, desarrollo, bilingüismo, qué va pasar con las lenguas
nativas, con las culturas étnicas, qué podemos hacer desde la academia, son
asuntos que nos interesa a todos los que estamos en estos territorios, sea que
estemos desde el lado colombiano, sea que estemos desde el lado brasilero. Yo
estoy acá, porque estuvimos reunidos en
Leticia, con la gente de la Universidad, también formulando preguntas sobre
cuál va ser la ruta de investigación en
estos años, para atender las necesidades sociales, que se deben atender desde
la academia. Entonces, muy importante que haya universidades de los dos lados, que las universidades podamos
entrar en contacto, que podamos conocernos, los profesores y los investigadores
de los dos lados, que los estudiantes puedan también intercambiar.
Hoy hablamos un poco sobre las lenguas
étnicas, en particular sobre la lengua ticuna, que es la que está más cerca,
presente, aquí en la frontera, en Tabatinga y en Leticia, y en las comunidades
ribereñas. La inquietud con lo que está pasando con muchas lenguas étnicas es
grande. Entonces, existe la preocupación
sobre la necesidad de mantenerlas y fortalecerlas, no solamente como lenguas de
comunicación, sino también como lenguas que son vehículos de conocimientos
culturales y de saberes sobre el medio ambiente que tienen muchos siglos. De
esta forma, es importante que la cultura, los conocimientos tradicionales,
asociados al medio ambiente y las lenguas, en las cuales estos conocimientos se
han expresado durante siglos, sigan vivas y para que sigan vivas hace falta
mucha voluntad política, mucho apoyo y también superar la discriminación de la
que han sido objeto durante muchos siglos.”
Flashes do Evento
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Divulgação do evento na emissora de rádio em Letícia, Colômbia |
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Divulgação na 98.9 FM, da Polícia Nacional de Colombia |
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Acadêmicos se inscrevem para obtenção do passaporte da SNC&T |
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Palestra do prof. MSc. José Camilo Ramos, da UEA/Parintins |
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Palestra do Prof. MSc. Luiz Felipe (CESTB) |
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Apresentação cultura no encerramento do evento |
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