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Comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, Coronel Audo Albuquerque, fala das ações a serem implementadas em nossa região



Entrevista e foto: Silvio Brasil de Lima
E-mail: brasil_am@hotmail.com
 
                O Coronel Audo que assumiu o comando do 8º BPM – Comando do Policiamento Regional Oeste (CPROESTE – que corresponde a todo o Alto Solimões) tem 26 de vida militar, comandou tropas especiais, como Companhia de Choque (Batalhão de Choque), toda zona leste e parte da zona norte de Manaus e Alto Rio Negro. Detalhes são dados na entrevista a seguir:

Jornal Solimões: Que filosofia de trabalho pretende implementar com relação à polícia comunitária em nossa região?
Coronel: Apesar de ser um oficial oriundo de ações especiais (risco), costumo desempenhar um trabalho direcionado para polícia comunitária que, é um modelo muito bom a exemplo do Japão e Canadá. Nada mais é do que a integração entre a polícia e a comunidade (igrejas, a população de um modo geral, conselhos comunitários, escolas, órgãos públicos, comércio, o legislativo, executivo, zona rural,...). A ideia é de quebrar aquela imagem do policial que mal olha para o cidadão e, olha com distância. Mas sim se aproximar dos comunitários para manter um clima de harmonia e saber realmente a real necessidade daquela comunidade.

JS: Como será a ronda comercial e ribeirinha?
>>>Vamos focar as ações em alguns logradouros com problemas. Um deles será a Av. da Amizade, Marechal Rondon, onde já diagnosticamos a problemática. A ronda comercial, que teve início no fim do ano passado, deu uma parada, tendo em vista o carnaval, mas voltará. Iremos focar as rondas nos horários de picos onde ocorrem os roubos, furtos, tentativa de homicídio na área comercial. Disponibilizaremos policiais a pé em parceria com a guarda municipal. No que se diz respeito à ronda escolar, vamos ter viaturas específicas indo nas escolas, conversando com o diretor e também, com a participação do PROERD. Como ex-secretário de trânsito de Manaus, iremos implementar a demarcação das sinalizações nas escolas de Tabatinga, com o intuito de reduzir os acidentes de trânsito. Vamos trabalhar em parceria com os diretores a questão do bullying nas escolas. Além disso, implementar a ronda nas comunidades ribeirinhas com apoio das lideranças comunitárias. Para que isso se concretize aumentaremos o número do efetivo de pessoal e de viaturas.

JS: Tendo em vista que vivemos em uma região geograficamente considerada a maior produtora de coca do planeta, como o senhor pretende combater os ilícitos nessa região?
>>>Digo desde já que vim para cá cumprir o ofício da minha profissão e, temos que agir como polícia. Vamos combater o tráfico de drogas com veemência, doa a quem doer. Nosso foco principal é a sociedade do Alto Solimões, proporcionando o bem-estar de vida. A polícia não pode ter medo de traficante, e sim, traficante é que tem que ter medo de polícia. Além disso, teremos câmeras de monitoramento nas principais vias. Com isso inibiremos as práticas ilícitas em nossa cidade.
JS: E a criação da guarda mirim?
>>>Esse é um dos nossos projetos que implementamos quando eu era capitão na cidade de Humaitá, amparado pelo Estatuto da Criança e adolescente. A criança terá orientação ao combate à droga e à violência, na sua própria disciplina, ao meio ambiente,... Se essa criança não estiver com nota boa na escola, correrá o risco de ser desligado do projeto. A questão religiosa será de suma importância dentro desse aprimoramento/educação com a guarda mirim.

JS: Qual impressão o senhor tinha, ao vir para Tabatinga?
>>>Vejo que Tabatinga não é nada do que algumas pessoas falam em Manaus e boa parte do país, ou seja, difamam essa cidade. O que percebo é que é um povo maravilhoso, trabalhador, mas precisa de um esforço da sociedade em conjunto com as polícias. O cidadão precisa ter coragem para denunciar as práticas ilícitas. Dessa forma teremos uma melhor qualidade de vida, inclusive atraindo turistas com geração de divisas em nossa região.
Somos gratos pela parceria do Jornal Solimões e pela acolhida da sociedade ao nosso trabalho. Inicialmente fizemos um trabalho pesado com relação a bares, boates... A princípio houve uma certa reação contra esse trabalho. Mas em seguida, até os próprios donos desses estabelecimentos acabaram nos apoiando e respeitando a Lei municipal. A Polícia Militar está de portas abertas para sociedade e o nosso fone é: (97)91715556 e 190.

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