Comando de greve da UFAM vai intensificar ações de impacto
Manaus (AM) - Os técnico-administrativos da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), que estão em greve há 52 dias, voltam a realizar ações de impacto para dar mais visibilidade ao movimento e pressionar o governo federal a abrir canal de negociação.
Os técnico-administrativos da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), que estão em greve há 52 dias, voltam a intensificar as ações de impacto no movimento com manifestações de protestos e, inclusive, fechamento de setores do Campus Universitário.
Apesar de não ter sido definida a data para as ações, a proposta foi aprovada em assembléia da categoria realizada pelo Comando Local de Greve (CLG/Sintesam), na manhã desta quinta-feira (08), no hall do ICHL (Instituto de Ciências Humanas e Letras), no Campus Universitário. Um dos destaques da assembléia foi o esclarecimento que a coordenadora geral do Sintesam, Crizolda Araújo, fez sobre as ameaças de imputação de falta aos servidores grevistas. A coordenadora relatou que as universidades do Paraná e de Minas Gerais tiveram de voltar atrás na decisão mediante liminares concedidas pelo Ministério Público. De acordo com o MP, as instituições não podem apontar falta pelos fatos de que os conselhos universitários terem aprovado (reconhecido) e ainda não ter sido realizado o julgamento da greve pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho). "Portanto a greve é legal, além de ser um direito garantido em Constituição. Não vamos nos intimidar".
O CLG/Sintesam também passou os informes sobre a Caravana de Brasília realizada pela Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil), em 6 e 7 de maio, quando mais de 1500 servidores de universidades em greve fizeram marchas de protesto em frente aos Ministérios da Educação e Cultura (MEC) e do Planejamento e Orçamento Geral (MPOG). O Amazonas enviou 9 (nove) representantes.
No dia 6, a Caravana não conseguiu audiência com o ministro da Educação que enviou aviso se recusando em receber a categoria. Diante da posição, o CNG/Fasubra organizou nova manifestação na Explanada dos Ministérios, com bloqueio da entrada do MPOG. Às 8h, o secretário aceitou receber uma comissão dos grevistas desde que fosse permitida a passagem da equipe econômica. Acordo firmado, o secretário solicitou prazo de 15 dias para conversar com a equipe econômica e apresentar resposta sobre a possibilidade de negociação. O técnico-administrativo, Sebastião Cabral, ressaltou que o ato fez o governo federal entender que não pode tratar a categoria com subordinação e que deve estar disposto a discutir qualquer tema sério com os servidores públicos. "O governo cambaleou, disse que não recebia e teve de receber, mas isso não representar uma resposta favorável daqui a 15 dias. Precisamos fortalecer a greve com a presença nos atos e de retaguarda (estrutura pessoal). A greve deve continuar".
Na avaliação de conjuntura, o coordenador do Sintesam, Ronaldo Vitoriano, fez uma crítica a posição dos portais G1 (Globo) e R7 (Record) que veicularam, no dia 7, notas inverídicas, dando conta de que o governo federal já teria apresentado contra-proposta à categoria que, por sua vez, teria rejeitado. "A categoria precisa estar alerta para o que é veiculado por mídias que tentam passar a idéia de que a greve não é seria, mas somente um enfrentamento ao governo."
Para tentar corrigir o erro, a categoria aprovou a proposta de encaminhamento de um documento às empresas repetidoras das redes Globo e Record, no Amazonas, explicando o teor da greve e, até mesmo, solicitando espaço para divulgação do movimento.
A assembléia também aprovou a realização de uma assembléia de greve no município de Itacoatiara, com data prevista para o próximo dia 21 (quinta-feira). A proposta será avaliada pelo CLG/Sintesam e definida na próxima assembléia (terça feira, dia 13).
CALENDÁRIO DA SEMANA
6ª feira (02/05)
Reunião doCLG na CIS (Comissão Interna de Supervisão) e Atividade de lazer (a ser definid
Manhã – Assembleia de Greve no auditório Paulo Burnheim. 9h
2ª feira (12/05)
Manhã – Panfletagem na entrada do Campus Universitário (Bosque da Resistência)
3ª feira (13/05)
Manhã - Assembleia de Greve na Entrada do Campus Universitário (Bosque da Resistência), 9h.4ª feira (14/05)
Manhã – Seminário sobre Pauta Interna de Reivindicação. Auditório Paulo Burnheim -Setor Sul do Campus, 9h
Assessoria de Imprensa do Sintesam
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