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Servidores da Ufam em greve fecham entrada do Campus



Os técnico-administrativos da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), que estão em greve há 56 dias, bloqueiam a entrada do Campus Universitário durante toda a manhã desta segunda-feira (12) com manifestação de protesto.

Manaus (AM) - Os técnico-administrativos da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), que estão em greve, realizaram a mais drástica ação de impacto desde o início do movimento há 56 dias. A categoria bloqueou a entrada do Campus Universitário, no Bosque da Resistência, impedindo o acesso de veículos durante toda a manhã desta segunda-feira (12).

A manifestação de protesto, organizada pelo Comando Local de Greve (CLG/Sintesam), teve início às 4h30, com a colocação de barreiras, pneus e obstáculos e se prolongou até às 12h.

A coordenadora geral do Sintesam (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas), Crizolda Araújo, esclareceu, durante o ato, que o bloqueio foi feito para chamar a atenção do poder público para as necessidades da categoria, cuja principal reivindicação é o cumprimento do acordo firmado com o governo federal na grave de 2012.

A categoria reivindica o aumento do piso salarial de um e meio para 3 Salários Mínimos (equivalente a R$ 2.172), além da revogação da Lei que inseriu a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares como gestora do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), entre outros pontos. "Precisamos que o Governo olhe para nós. Além disso, queremos chamar a atenção dos professores e alunos, para que se unam a nossa causa".

Ao mesmo tempo em que a categoria recebeu o apoio de professores e alunos, houve também desentendimento com um grupo de alunos e professores que queriam entrar na universidade, o que gerou discussões entre os que apoiavam o movimento. Crizolda Araújo afirmou estar surpresa com a atitude dos alunos e ressaltou que esse grupo faz parte dos alunos que integram a elite (famílias abastadas) e que pensam de forma individual, por isso não conseguem entender a luta da categoria. "Realizamos manifestação de forma pacífica no Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão na última quarta-feira (7) em Brasilia e fomos atendidos. E agora, que estamos realizando o movimento na frente da instituição, recebemos essa resposta negativa de alguns alunos que estão querendo acabar com nosso movimento, tirar a barreira e passar com seus carros. São pessoas que não entendem nossa causa, porque não passam pelos nossos problemas".

Contudo, outros estudantes mostraram apoio por entenderem que o movimento trabalhista é justo e tem seus direitos, ainda mais pelo fato de o governo federal não ter se manifestado oficialmente. De acordo com o CLG/Sintesam, existe apenas um acordo verbal firmado com o secretario do Ministério do Planejamento e Orçamento Geral (MPOG), que solicitou prazo de até 15 dias para conversar com a equipe econômica e apresentar resposta sobre a possibilidade de negociação. O acerto foi firmado no último dia 7, durante a realização da Cravana de Brasília, quando o CNG/Fasubra organizou uma manifestação na Explanada dos Ministérios, com bloqueio da entrada do MPOG.

O CLG/Sintesam programou mais um ato no Bosque da Resistência (entrada do Campus Universitário), na manhã desta terça-feira (13), com a realização de uma assembléia de greve da categoria.

CALENDÁRIO DA SEMANA
3ªfeira (13/05)
Manhã- Assembleia de Greve na Entrada do Campus Universitário (Bosque da Resistência), 9h.

4ªfeira (14/05)
Manhã- Seminário sobre Pauta Interna de Reivindicação. Auditório Paulo Burnheim–Setor Sul do Campus, 9h.

5ªfeira (08/05)
Manhã– Assembleia de Greve no auditório Paulo Burnheim. 9h

6ªfeira (02/05)
Reunião do CLG na CIS (Comissão Interna de Supervisão) e Atividade de lazer (a ser definida)

Fonte: SINTESAM

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